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Passageiros do RMS Titanic


Passageiros do RMS Titanic


Os passageiros do RMS Titanic estavam entre as 2400 pessoas estimadas a bordo na viagem inaugural do segundo transatlântico da White Star Line da classe Olympic, de Southampton, Inglaterra para Nova Iorque, Nova Iorque, EUA. No meio da viagem, o navio atingiu um iceberg e afundou no início da manhã de 15 de abril de 1912, resultando na morte de mais de 1.500 pessoas, incluindo aproximadamente 815 passageiros.

Os passageiros do Titanic estavam divididos em três classes separadas, determinado não só pelo preço de seu bilhete, mas pela riqueza e classe social: os que viajavam em primeira classe, a maioria deles os passageiros mais ricos a bordo, incluíam membros proeminentes da classe alta, empresários, políticos, militares de alto escalão, industriais, banqueiros, artistas, socialites e atletas profissionais. Os passageiros da segunda classe eram viajantes da classe média e incluíam professores, autores, clérigos e turistas. Os passageiros da terceira classe eram principalmente imigrantes se mudando para os Estados Unidos e Canadá.

Passageiros

O número de passageiros do Titanic era de aproximadamente 1317 pessoas: 324 na Primeira Classe, 284 na Segunda Classe e 709 na Terceira Classe. Destes, 869 (66%) eram homens e 447 (34%) mulheres. Havia 107 crianças a bordo, sendo o maior número delas na Terceira Classe. O navio estava consideravelmente abaixo de sua capacidade máxima em sua viagem inaugural e acomodava 2.453 passageiros—833 na Primeira Classe, 614 na Segunda Classe e 1.006 na Terceira Classe.

Primeira classe

A lista da Primeira Classe do Titanic era uma lista de "quem era quem" dos ricos e proeminentes da alta classe em 1912. Uma cabine para uma pessoa na primeira classe custava de 30 libras (equivalente a 2700 libras em 2016) até 870 libras (equivalente a 79 000 libras em 2016) por uma parlour suite com um convés de passeio privado. Os passageiros da primeira classe desfrutavam de uma série de amenidades, incluindo um ginásio, uma quadra de squash, uma piscina de água salgada, eletricidade e banho turco, uma barbearia, canis para cães da primeira classe, elevadores e passeios abertos e fechados. Os passageiros da primeira classe também viajavam acompanhados por valets, criados, enfermeiras e governantas para as crianças, motoristas e cozinheiros.

Membros da aristocracia britânica fizeram a viagem: A Condessa de Rothes, esposa do 19.º Conde de Rothes, embarcou em Southampton com seus pais, Thomas e Clementina Dyer-Edwardes e sua prima Gladys Cherry. Cosmo Duff Gordon, 5.º Baronete Halkin e sua esposa, Lucy Duff-Gordon também estavam a bordo. Sir Cosmo era um rico latifundiário escocês e medalhista olímpico de esgrima olímpica, enquanto Lady Duff-Gordon, conhecida profissionalmente como Lucile, era uma das principais estilistas que atendia uma clientela rica e exclusiva, incluindo a Família Real Britânica. Coronel Archibald Gracie IV, um investidor imobiliário, membro da rica família escocesa-americana Gracie, embarcou em Southampton. Os Cavendish de Londres estavam entre outros proeminentes casais britânicos a bordo também. Lord Pirrie, Presidente da Harland and Wolff pretendia viajar a bordo do Titanic, mas uma doença impediu-o de embarcar; no entanto, o diretor administrativo da White Star Line J. Bruce Ismay e o desenhista do navio, Thomas Andrews, ambos estavam a bordo para supervisionar o progresso do navio em sua viagem inaugural.

Alguns dos membros mais proeminentes da elite social americana fizeram a viagem: o construtor imobiliário, empresário e multimilionário Coronel John Jacob Astor IV e sua esposa grávida então com 18 anos Madeleine estavam retornando para os Estados Unidos para o nascimento de seu filho. Astor era o passageiro mais rico a bordo do navio e um dos homens mais ricos do mundo; seu bisavô John Jacob Astor foi o primeiro multimilionário na América. Entre outros estavam o magnata industrial e milionário Benjamin Guggenheim; o proprietário da loja de departamentos Macy's e ex-membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Isidor Straus e sua esposa Ida; George Dennick Wick, fundador e presidente da Youngstown Sheet and Tube; o milionário dos bondes, magnata George Dunton Widener; vice presidente da Pennsylvania Railroad, John B. Thayer e sua esposa Marian; Charles Hays, presidente da Grand Trunk Railway do Canadá; O Duque de Apúlia Giuseppe Bëlfia di Saboia, cunhado do então rei da Itália Vítor Emanuel III, que viajava a Nova Iorque para cuidar dos negócios da família; a milionária, filantropa e ativista dos direitos das mulheres Margaret Brown; a estrela do tênis e banqueiro Karl Behr; a famosa atriz americana de filmes mudos Dorothy Gibson; proeminente arquiteto de Buffalo Edward Austin Kent e o adido militar do Presidente William Howard Taft, Major Archibald Butt, que estava retornando para retomar as suas funções após uma viagem de seis semanas à Europa. O passageiro da primeira e empresário Mauritz Håkan Björnström-Steffansson, possuía o objeto mais valorizado a bordo; uma obra-prima da pintura neoclássica francesa intitulada La Circassienne au Bain, pelo qual ele reivindicaria mais de 100 000 dólares em indenização (equivalente a 2,5 milhões de dólares em 2017).

O financista da White Star J. P. Morgan e Milton S. Hershey, fundador da fabricante de chocolates Hershey's, fizeram planos para embarcar na viagem inaugural do navio, mas cancelaram no último minuto.

Segunda classe

Os passageiros da segunda classe eram turistas à lazer, acadêmicos, membros do clero e famílias inglesas e americanas de classe média.. Os músicos do Titanic viajaram em acomodações na segunda classe; eles não eram contados como membros da tripulação mas eram empregados de uma agência sob contrato com a White Star Line. O preço médio do bilhete para um adulto na segunda classe era £13, o equivalente a £1.123 em valores atuais. e para muitos desses passageiros, sua experiência de viagem no Titanic era como viajar de primeira classe em navios menores. Os passageiros da segunda classe tinham sua própria biblioteca e os homens tinham acesso a um salão de fumantes privado. As crianças da segunda classe podiam ler livros infantis encontrados na biblioteca ou jogar quoits no convés e shuffleboard no convés de passeio da segunda classe. Ruth Becker de 12 anos passava o tempo empurrando seu irmão de dois anos Richard pelo convés de passeio coberto em um carrinho fornecido pela White Star Line.

Os dois padres católicos a bordo, Padre Thomas Byles e Padre Joseph Peruschitz, celebravam uma missa por dia para os passageiros da segunda e terceira classes durante a viagem. Padre Byles dava suas homilias em inglês, irlandês e francês e o Padre Peruschitz o fazia em alemão e hungáro.

No navio havia também um pregador lituano, Padre Juozas Montvila, que pereceu durante o naufrágio.

O Rev. John Harper, um pastor batista muito conhecido da Escócia, estava viajando para a América com sua filha e sobrinha para pregar na Moody Church em Chicago.

O professor Lawrence Beesley, um mestre de ciências no Dulwich College, passou a maior parte de seu tempo a bordo do navio na biblioteca. Dois meses após o naufrágio, ele escreveu e publicou The Loss of the SS Titanic, o primeiro relato de uma testemunha ocular do desastre.

A família Laroche, o pai Joseph e filhas Simonne e Louise, eram os únicos passageiros conhecido com ancestrais negros a bordo do navio. Eles, junto com a esposa grávida de Joseph, Juliette, estavam viajando para a ilha natal de Joseph, no Haiti. Joseph esperava que a mudança de sua antiga casa em Paris de volta para o Haiti, onde seu tio Cincinnatus Leconte era o presidente, levaria sua família para longe da discriminação racial.

Outra família francesa na segunda classe era os Navratils, viajando sob o nome falso de Hoffman. Michel Navratil, um alfaiate francês nascido na Eslováquia tinha raptado seus dois filhos, Michel Jr. e Edmond de sua esposa, assumindo o nome de Louis M. Hoffman e embarcou em Southampton, com a intenção de levar seus filhos para os Estados Unidos. Michel Sr. morreu no naufrágio e fotografias dos garotos circularam pelo mundo na esperança que a mãe ou outro parente pudesse identificar as crianças francesas, que se tornaram conhecidas como os "Órfãos do Titanic." Após chegarem em Nova Iorque, as crianças foram cuidadas pela sobrevivente do Titanic Margaret Hays até que a mãe dos garotos, Marcelle Navratil viajasse de Nice, França para os reivindicá-los. A última sobrevivente remanescente da segunda classe foi Barbara West 1911-2007.

Terceira classe

Os passageiros da terceira classe partiram esperando começar vida nova nos Estados Unidos e Canadá. Os passageiros da terceira classe pagaram £7 (£777 em valores atuais) pelo bilhete, dependendo de seu local de origem; os preços do bilhete incluíam o preço da viagem de trem para os três portos de partida. Bilhetes para crianças custavam £3 (£259 em valores atuais).

Os passageiros da terceira classe eram um grupo diversificado de nacionalidades e grupos étnicos. Além de um grande número de imigrantes britânicos, irlandeses e escandinavos, havia passageiros da Europa Central e Oriental, do Oriente Médio (principalmente do Líbano e da Síria) e de Hong Kong. Alguns viajaram sozinhos ou em pequenos grupos familiares. Vários grupos de mães viajavam sozinhos com seus filhos pequenos - a maioria ia se juntar a seus maridos que já haviam ido para a América para encontrar trabalho e, tendo economizado bastante dinheiro, poderiam agora mandar para suas famílias.

Entre as maiores famílias na terceira classe estavam John e Annie Sage, que estavam imigrando para Jacksonville, Flórida com seus nove filhos, com idades entre 4 e 20 anos; Anders e Alfrida Andersson da Suécia com seus cinco filhos, que estavam viajando para o Canadá junto com a irmã mais jovem de Alfrida, Anna, seu marido Ernst e o bebê Gilbert; e Frederick e Augusta Goodwin, que estavam se mudando com seis filhos para seu novo emprego em uma usina de energia em Nova Iorque. Em 2007, cientistas usando análise de DNA identificaram o corpo de uma pequena criança de cabelos louros, uma das primeiras vítimas a ser recuperadas pelo CS Mackay-Bennett, como o filho mais novo de Frederick, de 19 meses de idade Sidney. Os Sages, os Anderssons e os Goodwins todos pereceram no naufrágio.

O passageiro mais jovem a bordo do navio, Millvina Dean, de dois meses de idade que, com seus pais Bertram Sr. e Eva Dean e o irmão mais velho Bertram, estavam emigrando da Inglaterra para o Kansas. Ela foi a última sobrevivente do desastre do Titanic a morrer, faleceu em 2009.

A fim de competir com a companhia de navegação rival Cunard, a White Star Line oferecia aos seus passageiros da terceira classe luxos modestos, na esperança de que os emigrantes escrevessem para os parentes em casa e os encorajassem a viajar nos navios da White Star Line. Os passageiros da terceira classe tinham suas próprias instalações para refeições, com cadeiras em vez de bancos e refeições preparadas pela equipe de cozinha da terceira classe. Em outros navios, os passageiros da terceira classe deveriam trazer seus próprios alimentos. Em vez de áreas de dormir em estilo dormitório, os passageiros de terceira classe tinham suas próprias cabines. Os homens e mulheres solteiros foram separados, as mulheres na popa em cabines de duas a seis beliches, homens na proa em cabines de até dez beliches, muitas vezes compartilhadas com estranhos. Cada cabine estava equipada com painéis de madeira e camas com colchões, cobertores, travesseiros, luzes elétricas, aquecedor e pia com água corrente, exceto pelas cabines de proa que não tinham pia privativa. Duas banheiras públicas também foram fornecidas, uma para os homens e outra para as mulheres..

Passageiros se reuniram na sala comum da terceira classe, onde podiam jogar xadrez ou cartas, ou ainda andar no convés de passeio do tombadilho. Crianças de terceira classe brincavam na sala comum ou exploravam o navio - Frank Goldsmith de nove anos de idade na época lembra-se de bisbilhotar a sala de máquinas e subir nas gruas de bagagem no tombadilho.

Os regulamentos do navio foram projetados para manter os passageiros de terceira classe confinados à sua área do navio. O Titanic foi equipado com grades para impedir que a mistura das classes e esses portões eram normalmente mantidos fechados, embora os administradores pudessem abri-los em caso de emergência. Na pressa que se seguiu à colisão, os comissários de bordo, ocupados em acordar dos passageiros adormecidos e levar grupos de mulheres e crianças ao convés do barco, não tiveram tempo de abrir todos os portões, deixando muitos dos confusos passageiros de terceira classe presos abaixo do convés..

Detentores de bilhete que não viajaram

Inúmeras pessoas notáveis ​​e proeminentes da época, que possuíam bilhetes de passagem para Nova Iorque ou eram convidados daqueles que tinham bilhetes, não navegaram. Outros estavam esperando em Nova Iorque para embarcar na volta para Plymouth, Inglaterra, na segunda perna da viagem inaugural do Titanic. Muitos tíquetes não utilizados que sobreviveram, sejam eles para a passagem para o oeste ou para o trecho de volta para o leste, tornaram-se bastante valiosos como artefatos relacionados ao Titanic. Entre aqueles que detinham bilhetes para uma passagem, mas que na verdade não embarcaram, incluíam: Theodore Dreiser, Henry Clay Frick, Milton S. Hershey, Guglielmo Marconi, John Pierpont Morgan, Edgar Selwyn e Alfred Gwynne Vanderbilt I (que morreu no naufrágio do RMS Lusitania).

Passageiros por etnia

Passageiros de origem levantina

Muitos passageiros do Titanic tinham origem levantina. Na época, muitos carregavam identificação do Império Otomano que declararam que eles eram da Grande Síria, que incluía o que é hoje a Palestina, Jordânia, Líbano e Síria. Passageiros do Líbano, por exemplo, tinha aldeias como cidade natal hoje localizadas no Líbano.

De acordo com Bakhos Assaf, prefeito de Hardin, Líbano, 93 passageiros originados do que é hoje o Líbano, com 20 deles de Hardin, o maior número de qualquer localidade libanesa. Dos passageiros de Hardin, 11 homens adultos morreram, enquanto oito mulheres e crianças e um homem adulto sobreviveram. Kamal Seikaly, um indivíduo citado em um artigo da publicação libanesa The Daily Star, afirmava que de acordo com uma edição de 16 de maio de 1912 da revista Al-Khawater armazenada na Universidade Americana de Beirute, dos 125 libaneses a bordo, 23 sobreviveram. A revista afirma que 10 pessoas de Kfar Meshki morreram no Titanic.

Em 1997, Ray Hanania, um jornalista palestino/americano, assistiu ao filme Titanic (1997) e percebeu alguns personagens coadjuvantes dizendo yalla, que significa "rápido" em árabe. Isso o levou a pesquisar a questão e descobrir que os passageiros árabes estavam a bordo. Em 1998, ele escreveu uma coluna sobre os árabes no RMS Titanic, "Titanic: We Share the Pain But Not the Glory." De acordo com a análise de Hanania, havia 79 passageiros árabes. Segundo Hanania, a tarefa de "identificar precisamente" quais passageiros eram árabes é difícil. Hanania declarou que muitos eram cristãos porque o patrocínio da igreja tornava mais fácil para os cristãos obterem uma passagem em oposição aos muçulmanos..

No livro Titanic: Men and Children First (Outubro de 1998), Judith Geller afirma que "oficialmente estavam 154 sírios a bordo do Titanic e 29 foram salvos: quatro homens, cinco crianças e 20 mulheres".

Passageiros chineses

Oito passageiros estão na lista como sendo originários da China, da cidade natal de Hong Kong, com destino a Nova Iorque. Seis destas pessoas sobreviveram ao desastre. Eles não foram autorizados a entrar nos Estados Unidos devido ao Lei de Exclusão Chinesa.

Sobreviventes e vítimas

Na noite de 14 de abril de 1912 por volta de 23:40, enquanto o RMS Titanic navegava a cerca de 640 quilômetros ao Sul dos Grandes Bancos da Terra Nova, o navio atingiu um iceberg e começou a afundar. Pouco antes da meia-noite, o Capitão Edward Smith ordenou que os botes salva-vidas do navio fossem preparados e um pedido de socorro fosse enviado. O navio mais próximo a responder foi o Carpathia da Cunard Line que estava distante 93 quilômetros, que chegaria em cerca de quatro horas - tarde demais para resgatar todos os passageiros do Titanic. Quarenta e cinco minutos após o navio ter atingido o iceberg, o Capitão Smith finalmente ordenou que os botes salva-vidas fossem carregados e abaixados sob as ordens de mulheres e crianças primeiro.

O primeiro bote salva-vidas lançado foi o número 7 do lado de estibordo com 28 pessoas a bordo apesar da capacidade para 65. Foi baixado por volta de 00:40 h. como anotado pelo Inquérito Britânico. O bote desmontável D foi o último bote salva-vidas a ser lançado, por volta de 2:05 h. Mais dois bote salva-vidas, o desmontável A e B, estavam no processo de serem removidos de sua localização no telhado da casa dos oficiais, mas não puderam ser lançados corretamente. Quando as cordas que apoiavam a chaminé dianteira arrebentaram o bote desmontável B foi empurrado para longe do navio, enquanto no desmontável A suas laterais de lonas não foram puxadas para cima e o bote ficou à deriva e se afastou do navio parcialmente submerso e perigosamente sobrecarregado. Houve discussões em alguns dos botes salva-vidas sobre voltar a pegar pessoas na água, mas muitos sobreviventes tinham medo de serem afundados por pessoas tentando entrar no bote salva-vidas ou serem puxados para baixo pela sucção do naufrágio, no entanto, descobriu-se que houve muito pouca sucção. Às 2:20 h., o Titanic deu seu mergulho final. Um pequeno número de passageiros e tripulação foi capaz de chegar aos dois barcos desmontáveis, sobrevivendo por várias horas (alguns ainda agarrados ao desmotável B) até serem resgatados pelo Quinto Oficial Harold Lowe.

Às 4:10 h da manhã, o RMS Carpathia chegou ao local do naufrágio e começou o resgate dos sobreviventes. Às 8:30 h. o navio resgatou o último bote salva-vidas e deixou a área por volta de 08:50 h se dirigindo ao Pier 54 em Nova Iorque. Dos 711 passageiros e tripulantes resgatados pelo Carpathia, seis, incluindo o passageiro da primeira classe William F. Hoyt, ou morreram no bote durante a noite ou a bordo do Carpathia na manhã seguinte e foram sepultados no mar.

Nos dias que se seguiram ao naufrágio, vários navios navegaram para a área do desastre a fim de recuperar os corpos das vítimas. A White Star Line fretou o navio de cabo Mackay-Bennett de Halifax, Nova Escócia para recuperar os corpos. Três outros navios seguiram na busca: o navio de cabo Minia, o navio de suprimento do farol Montmagny e a embarcação Algerine. Cada navio partiu com suprimentos de embalsamamento, agentes funerários e clero. Na recuperação, cada corpo recuperado pelo Mackay-Bennett foi numerado e dado a descrição mais detalhada possível para ajudar na identificação. A aparência física de cada corpo - altura, peso, idade, cabelo e cor dos olhos, marcas de nascença visíveis, cicatrizes ou tatuagens - foi catalogada e quaisquer objetos pessoais foram reunidos e colocados em pequenas bolsas de lona correspondentes ao seu número.

O navio encontrou tantos corpos que os suprimentos de embalsamamento a bordo foram rapidamente esgotados. A regulamentação sanitária permitia que apenas corpos embalsamados pudessem ser retornados ao porto. O Capitão Larnder do Mackay-Bennett e os agentes funerários a bordo decidiram preservar todos os corpos de passageiros da Primeira Classe por causa da necessidade de identificar visualmente homens ricos para resolver quaisquer disputas sobre grandes propriedades. Como resultado, a maioria dos enterros no mar eram de passageiros e tripulantes da terceira classe. O próprio Larnder alegava que, como marinheiro, esperaria ser enterrado no mar. No entanto, as queixas sobre os enterros no mar foram feitas por famílias e agentes funerários. Navios posteriores como o Minia encontraram menos corpos, exigindo menos suprimentos de embalsamamento, e foram capazes de limitar os enterros no mar a corpos que estavam danificados demais para serem preservados.

Os corpos recuperados foram preservados e levados para Halifax, Nova Escócia , a cidade mais próxima do naufrágio com conexões diretas por trilhos e navios a vapor. Um grande necrotério temporário foi montado em uma pista de curling e agentes funerários foram chamados de todo o leste do Canadá para ajudar. Parentes de toda a América do Norte vieram identificar e reivindicar os corpos de seus parentes. Alguns corpos foram enviados para serem enterrados em suas cidades natais na América do Norte e na Europa. Cerca de dois terços dos corpos foram identificados. Dos restantes 150 corpos não reclamados, 121 foram levados para o Cemitério de Fairview; 19 foram enterrados no cemitério católico romano Mount Olivet Cemetery e 10 foram levados para o cemitério judaico Baron de Hirsch Cemetery. As vítimas não identificadas foram enterradas com números simples, com base na ordem em que seus corpos foram descobertos.

Em meados de maio de 1912, a mais de 320 kms. do local do naufrágio, o RMS Oceanic recuperou três corpos, números 331, 332 e 333, que estavam entre os ocupantes originais de bote desmontável A, que foi inundado nos últimos momentos do naufrágio. Embora várias pessoas conseguiram chegar a este bote salva-vidas, três morreram durante a noite. Quando o Quinto Oficial Harold Lowe e seis tripulantes retornaram ao local do desastre após o naufrágio com um bote salva-vidas vazio para pegar os sobreviventes, eles resgataram os passageiros sobreviventes do desmontável A, mas deixou os três cadáveres no bote: Thomson Beattie, um passageiro da primeira classe e dois membros da tripulação, um foguista e um marinheiro. Após a sua recuperação do desmontável A pelo Oceanic, os corpos foram sepultados no mar.

Lista de passageiros

A seguir a lista completa dos passageiros conhecidos a bordo da viagem inaugural do RMS Titanic.

Inclusos nesta lista os nove membros do Grupo de Garantia e os oito membros da banda do navio, listados tanto como passageiros quanto como tripulação. Também estão inclusos na lista de membros da tripulação a bordo do RMS Titanic.

Os passageiros são codificados por cores, indicando se foram salvos ou pereceram.
     O passageiro não sobreviveu
     O passageiro sobreviveu

Os sobreviventes estão listados com o bote salva-vidas pelo qual foram resgatados. Vítimas cujos restos mortais foram recuperados após o naufrágio estão listadas com o número do corpo, indicando a embarcação que o recuperou:

  • MB – CS Mackay-Bennett (corpos 1–306)
  • M – CS Minia (corpos 307–323)
  • MM – CGS Montmagny (corpos 326–329)
  • A – SS Algerine (corpos 330)
  • O – RMS Oceanic (corpos 331–333)
  • I – SS Ilford (corpo 334)
  • OT – SS Ottawa (corpo 335)

Os números 324 e 325 não foram utilizados, e os seis corpos enterrados no mar pelo Carpathia também não foram numerados.

Primeira classe

Segunda classe

Terceira classe

Passageiros cruzando o canal

Além dos passageiros listados acima, o Titanic transportou 29 passageiros que cruzaram o Canal da Mancha que embarcaram em Southampton e desembarcaram ou em Cherbourg-Octeville, França ou em Queenstown, Irlanda.

Primeiros passageiros sobreviventes a morrer

Últimos passageiros sobreviventes a morrer

Notas

Referências

Leitura adicional

  • Elias, Leila Salloum (2011). The Dream and Then the Nightmare: The Syrians Who Boarded the Titanic – the story of the Arabic-speaking passengers. Damascus/Beirut: Atlas for Publishing and Distribution. ISBN 9789933908614 
  • Geller, Judith B. (1998). Titanic: Women and Children First. [S.l.]: W. W. Norton & Company. ISBN 9780393046663 
  • Gornall, Jonathan (6 de abril de 2012). «A familiar shout in Titanic film spurs search for Arab passengers». The National. Abu Dhabi 
  • Welter, Ben (20 de abril de 1912). «A Titanic survivor's tale». Star Tribune  Newspaper interview with passenger John Pillsbury Snyder.

Ligações externas

  • «Georgians on the Titanic». UGA Law School. Arquivado do original em 14 de março de 2012 
  • «May Futrelle Survived Titanic». UGA Law School. 1994. Arquivado do original em 14 de março de 2012 
  • «Notable People». Titanic Archive 
  • «On the Titanic: Archie Butt». UGA Law School. Arquivado do original em 7 de julho de 2011 
  • «On the Titanic: Jacques Futrelle». UGA Law School. Arquivado do original em 14 de março de 2012 
  • «RMS Titanic passenger and crew biographies». Encyclopedia Titanica 
  • «Titanic Passenger Postcard: Third Class». Shapell Manuscript Foundation 



Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Passageiros do RMS Titanic by Wikipedia (Historical)



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