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Republicanos (partido político)


Republicanos (partido político)


O Republicanos é um partido político brasileiro. Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, seu presidente, Marcos Pereira, é um bispo da igreja. Com 565.395 filiados em abril de 2024, é o 11.º maior do país. No Congresso Nacional, possui quarenta e um deputados federais, e quatro senadores da República. O partido é considerado socialmente conservador, e ligado à direita política.

Fundado em 2005, obteve o registro definitivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nome de Partido Municipalista Renovador (PMR) em 25 de agosto de 2005. No ano seguinte, mudou de nome para Partido Republicano Brasileiro (PRB), atendendo a uma sugestão do então vice-presidente da República José Alencar. Em 2019, o partido muda novamente de nome, passando a se chamar Republicanos, sem o uso de sigla.

O partido foi da base aliada dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, rompendo com a última em 2016 e apoiando seu impeachment. Fez parte também do governo de Michel Temer e da base do governo de Jair Bolsonaro.

História

Em 16 de dezembro de 2003, com o apoio de mais de 457.702 eleitores, foi aprovada em convenção nacional a criação do Partido Municipalista Renovador (PMR), cuja ata foi registrada no Cartório Marcelo Ribas, em 2 de janeiro de 2004, e obteve seu registro sob o número 00055915.[carece de fontes?]

O partido foi fundado em agosto de 2005 como Partido Municipalista Renovador por pastores da Igreja Universal do Reino de Deus. Em março de 2006, o partido passou a se chamar Partido Republicano Brasileiro.

Em 2006, na primeira eleição disputada para os cargos de deputados, governadores e presidente da República, José Alencar Gomes da Silva foi reeleito vice-presidente do Brasil, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao todo, foram 60 candidatos a deputado estadual, 21 para deputado federal e um candidato ao Senado da República. Recebendo 737 423 votos no país, a sigla elegeu três deputados estaduais e apenas um único deputado federal.

Nas disputas municipais de 2008, foram eleitos 54 prefeitos e 780 vereadores. Ao todo, o partido recebeu 3 667 400 votos, sendo 1 519 540 na disputa de prefeito e outros 2 147 857 nas eleições para as câmaras municipais.

Em 2010, na segunda eleição nacional do partido, foram eleitos 18 deputados estaduais, 8 deputados estaduais e apenas um único senador, o bispo Marcelo Crivella, que antes era filiado ao PL, foi reeleito ao Senado Federal pelo Republicanos.

No dia 9 de maio de 2011, em convenção nacional, o advogado Marcos Pereira foi eleito como o novo presidente nacional do partido.

Em 2012, saiu das eleições municipais com 78 prefeitos e 1 204 vereadores eleitos. Os números representam um aumento de 54,4% de vereadores (um dos maiores crescimentos proporcionais entre todas as legendas) e 42% de prefeitos.

Nas eleições de 2014, o partido ampliou seu número de eleitos, com 21 deputados federais e 32 deputados estaduais. Seu destaque foi o deputado federal Celso Russomanno, de São Paulo, que obteve 1,5 milhão de votos e foi o mais votado do país no pleito, em números absolutos.

Nas eleições municipais de 2016, elegeu 106 prefeitos e 1624 vereadores, com uma votação de 4.492.893, incluindo a vitória do senador Marcelo Crivella na disputa a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, derrotando o candidato Marcelo Freixo, do PSOL. Foi a primeira vez em que o partido obteve a prefeitura da capital carioca e de outros municípios que tiveram 2.º turno, como Caxias do Sul, em que Daniel Guerra fio eleito prefeito, derrotando o candidato Edson Nespolo, do PDT.

Em 2016, com a crise política no Brasil, o PRB deixou a base aliada do governo Dilma. No processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, os 21 deputados federais votaram pelo afastamento da presidente.[carece de fontes?]

Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu 211 prefeitos e 2601 vereadores, incluindo a disputa para a prefeitura de Vitória, capital do Espírito Santo, onde foi eleito Lorenzo Pazolini como prefeito, tornando esta a segunda eleição em que o partido elegeu uma prefeitura em uma capital, apesar da derrota no Rio de Janeiro, onde Marcelo Crivella não conquistou a reeleição, sendo derrotado no pleito por Eduardo Paes. Em São Paulo, o partido lançou para a disputa da prefeitura a candidatura de Celso Russomanno, que ficou em quarto lugar, com 560 mil votos (10,5%).

O Republicanos fez parte da base política do governo Bolsonaro. Na eleição presidencial de 2022, integrou a coligação que apoiou a campanha à reeleição de Jair Bolsonaro à presidência da República, que foi derrotada pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.

Após a vitória de Lula, o Partido Liberal (PL) publicou um relatório que pedia uma "verificação extraordinária" do resultado das eleições, questionando e atacando as urnas eletrônicas brasileiras sem apresentar provas das alegações de fraude. O pedido foi negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou uma multa de 22,9 milhões de reais por litigância de má-fé à coligação da campanha de Bolsonaro, e suspendeu o acesso das três legendas que a integraram às verbas do fundo partidário. Os outros partidos integrantes da coligação, Republicanos e Progressistas, declararam não concordar com as acusações, afirmando não contestarem a eleição de Lula, e foram excluídos por Moraes do pagamento da multa, que recaiu inteiramente sobre o PL, também tendo o acesso ao fundo partidário liberado.

Organização

Presidentes nacionais

José Alencar é considerado o "Presidente de Honra" do partido. Essa lista mostrará os presidentes titulares eleitos para o cargo, e não os interinos.

Movimentos

O Republicanos mantém alas de jovens, mulheres e idosos. Estas alas são chamadas de "movimentos" e são coordenadas por seus respectivos secretários (nacional, estadual e municipal).

Senado Federal do Brasil

Câmara dos Deputados do Brasil

Desempenho eleitoral

Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.

Eleições estaduais

Eleições presidenciais

Controvérsias

Interferência política junto à Igreja Universal

Oficialmente, a Igreja Universal do Reino de Deus nega misturar política e religião, mas ao reportar sobre o aumento de políticos eleitos em 2020 ligados a mesma, o Congresso em Foco entrevistou especialistas que apontaram a influência política que a igreja tem no Brasil ao se associar com o Republicanos. Lívia Reis, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) disse que "a Universal inaugurou este tipo de política, lá na década de 1980, já na redemocratização… Eles [os candidatos] utilizam tanto a estrutura institucional quanto a estrutura partidária do Republicanos… Esta estratégia de candidaturas da Universal passa necessariamente pelo Republicanos." A cientista política Flávia Babireski, pesquisadora do Laboratório de Partidos e Sistemas Partidários da Universidade Federal do Paraná (LAPeS/UFPR) disse que "A Universal é muito centralizada, uma instituição só no Brasil inteiro – então tem uma estrutura hierárquica muito coordenada, muito bem pensada… Então fazer essa coordenação política paralela é muito fácil. Saber quem é o candidato oficial da Igreja, a Universal sabe."

Referências

Ligações externas

  • Sítio oficial
  • Republicanos no Facebook
  • Republicanos no Instagram
  • Republicanos no X
  • Republicanos no YouTube

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Republicanos (partido político) by Wikipedia (Historical)