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Sergio Faraco (Alegrete, 25 de julho de 1940) é um escritor brasileiro.
Antes de estrear na literatura, Sergio Faraco viveu na União Soviética (1963-1965), quando estudou ciências sociais no Instituto Internacional de Ciências Sociais, em Moscou. No retorno ao Brasil, graduou-se em direito.
Desde a publicação de seu primeiro livro de contos, Sergio Faraco tem recebido boa recepção da crítica literária. A obra Idolatria, de 1970, foi comparada em qualidade a outros importantes escritores do Rio Grande do Sul que começavam a se destacar, como Caio Fernando Abreu e Moacyr Scliar A crítica Rita Canter, em matéria do jornal Correio do Povo o considerou então “um autor gaúcho de primeira linha entre os novíssimos”
Tido como rigoroso com sua produção, Faraco publicou, nos primeiros 25 anos de atividade literária, uma média de dois contos por ano. O também escritor gaúcho, Luiz Antônio de Assis Brasil afirmou que “suas frases são escritas, depois refeitas, depois submetidas a uma autocrítica feroz, transfigurando-se em objeto artístico do mais alto nível”.
Sergio Faraco reside em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é casado e tem três filhos.
Os contos regionalistas de Faraco se passam em regiões de fronteira do RS e são povoados de personagens humildes, de futuro incerto, tratados pelo autor com ternura, lirismo, soliedariedade e respeito pelo humano. Muitas das histórias se passam em torno do rio Uruguai, onde chibeiros (pequenos contrabandistaas) se defrontam com fuzileiros navais que os perseguem.
Em seus contos citadinos, os personagens tendem a exprimir solidão e fragilidade, características que o autor destaca nos centros urbanos.
Em 2008 a Rede Globo de Televisão negociou os direitos autorais para a produção de uma séria baseada no conto Dançar Tango em Porto Alegre, como parte do Projeto Quadrantes, do diretor Luiz Fernando Carvalho. No entanto, o projeto acabou adiado.
Três de seus contos foram levados às telas em produções regionais:Travessia(2002), dirigido por Diego de Godoy; A Dama do Bar Nevada (2005), dirigido por Bruno Gonçalves e Um Aceno na Garoa (2006), dirigido por Mario Nascimento.
Sergio Faraco recebeu por três vezes o Prêmio Açorianos de Literatura (1995, 1996 e 2001), principal premiação cultural do município de Porto Alegre-RS. Em 1999, recebeu o Prêmio Nacional de Ficção da Academia Brasileira de Letras. Em 2008 foi agraciado com a Medalha Cidade de Porto Alegre.
Seus contos foram publicados nos seguintes países: Alemanha, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, Cuba, Estados Unidos, Paraguai, Portugal, Uruguai e Venezuela.
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