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Mico-leão-de-cara-preta


Mico-leão-de-cara-preta


Mico-leão-de-cara-preta (nome científico: Leontopithecus caissara) é um primata brasileiro da família Cebidae e subfamília Callitrichinae e é endêmico da Mata Atlântica brasileira. Foi descoberto em 1990 na ilha de Superagüi no estado do Paraná, mas também ocorre no litoral sul de São Paulo. Acredita-se que hoje existam apenas 300 exemplares.

Há a discussão se é uma espécie propriamente dita ou se é subespécie do mico-leão-preto, mas as evidências apontam para ser uma espécie separada desta última. Habita a floresta ombrófila densa de terras baixas e é um animal insetívoro e frugívoro.

A biologia da espécie não é muito conhecida ainda e corre grave risco de extinção, devido à distribuição geográfica restrita e ao baixo número de indivíduos existentes. Não existe população do mico-leão-de-cara-preta em cativeiro.

O mico-leão-de-cara-preta pertence ao gênero Leontopithecus, grupo monofilético da família Cebidae e subfamília Callitrichinae. Foi descrito em 1990 por Lorini & Persson, a partir da pele de uma fêmea coletada no município de Guaraqueçaba, no Paraná, sendo a última espécie de mico-leão a ser descoberta. Existe a discussão de que o mico-leão-de-cara-preta é uma espécie válida, ou uma subespécie do mico-leão-preto: entretanto, estudos moleculares e morfológicos corroboram com a hipótese de que é uma espécie válida, sendo grupo-irmão de um clado contendo o mico-leão-dourado e o mico-leão-preto.

Por não serem conhecidos fósseis de mico-leões, o mico-leão-de-cara-preta não tem uma história evolutiva bem documentada por evidências palentológicas.

Possui uma distribuição geográfica restrita (estima-se que seja de cerca de 300 km²), sendo encontrado no litoral do Paraná, no Parque Nacional de Superagüi, e no litoral sul de São Paulo. Foram encontrados nos vales do rio dos Patos e do rio Branco, e os limites de sua distribuição geográfica ao norte são até a Serra do Cordeiro, mas esse limite necessita confirmação. Em Cananéia, foi confirmado a ocorrência na região do Ariri, na bacia do rio Turvo, e na região de Itapitangui. Aparentemente, ele também pode ocorrer em locais mais para o interior, na bacia do rio Taquari e do rio Ipiranguinha, podendo ocorrer no Parque Estadual de Jacupiranga. Dentre os calitriquíneos, é o que possui ocorrência mais ao sul.

É encontrado principalmente em florestas pantanosas, áreas inundadas e trechos de florestas secundárias até 40 m de altitude, evitando as áreas de floresta montana e manguezais. Eventualmente é encontrado na floresta ombrófila de terras baixas e nas restingas.

Como os outros mico-leões, possui uma pelagem abundante e brilhante, principalmente na cabeça, formando uma juba.Possui essa "juba" de cor negra, assim como a face, membros e a ponta da cauda. O restante do corpo é de cor ruiva a dourada.

A espécie é categorizada como "criticamente em perigo" pela IUCN e o IBAMA e já foi considerado um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo. A espécie possui uma distribuição muito restrita e um número muito baixo de indivíduos: são confirmados a existência de 260 animais, com a maior população no Parque Nacional de Superagüi. Outros trabalhos estimam uma população de até 392 indivíduos, somada a uma baixa densidade populacional e distribuição geográfica muito restrita. O Instituto de Pesquisas Ecológicas realiza um projeto específico na conservação dessa espécie, principalmente no município de Cananéia, onde se encontram as populações com maior perigo de extinção.

Referências


Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Mico-leão-de-cara-preta by Wikipedia (Historical)


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