![Eleição municipal do Rio de Janeiro em 2016 Eleição municipal do Rio de Janeiro em 2016](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/72/Marcelo_Crivella_Prefeito_%28cropped_2%29.jpg/400px-Marcelo_Crivella_Prefeito_%28cropped_2%29.jpg)
A eleição municipal do município do Rio de Janeiro em 2016 ocorreu em 2 de outubro daquele ano para eleger o prefeito e o vice-prefeito, além de 51 vereadores para a Câmara Municipal da cidade.
A campanha eleitoral contou com a participação de 11 candidatos a prefeito. O prefeito em exercício Eduardo Paes, do PMDB, não pôde buscar uma nova reeleição devido ao limite da Constituição brasileira a dois mandatos executivos consecutivos.
O primeiro turno foi realizado em 2 de outubro. Como nenhum candidato recebeu a maioria dos votos para ser eleito imediatamente em primeiro turno, os dois primeiros colocados desse, o então senador Marcelo Crivella, candidato do PRB, e o então deputado estadual Marcelo Freixo, candidato pelo PSOL, avançaram para o segundo turno. Em 30 de outubro, Crivella venceu a disputa, tendo sido eleito com 59,36% dos votos válidos (1 700 030 votos), ante Freixo, que obteve 40,64% (1 163 662 votos).
A chapa vencedora tomou posse na Prefeitura do Rio em 1° de janeiro de 2017 para um mandato de quatro anos. Após fracassar em duas tentativas anteriores (em 2004 e 2008), Crivella alcançou o Palácio da Cidade. Também foi a primeira vez que o PRB conquistou uma prefeitura em uma capital brasileira.
No Rio de Janeiro as eleições foram marcadas pela realização dos Jogos Olímpicos (entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016) e Paralímpicos de Verão (entre 7 e 18 de setembro), que ocorreram de maneira simultânea à campanha eleitoral. Além disso, verificou-se uma acentuada crise financeira no estado, o que levou ao atraso no pagamento dos salários de servidores estaduais.
Em 17 junho de 2016 a crise que atinge o Rio de Janeiro levou o governador em exercício, Francisco Dornelles, a decretar estado de calamidade pública, a 49 dias do início da Olimpíada no RJ. Essa é a primeira vez na história que o estado toma medida semelhante na área financeira.
A chamada esquerda politica está representada em três pré-candidaturas para o pleito de 2016 no Rio de Janeiro. No meio politico, começaram a haver especulações de que os candidatos da dita esquerda se 'acotovelariam', trocando ofensas durante a campanha. À medida em que essa informação era noticiada, Alessandro Molon (REDE), Marcelo Freixo (PSOL) e Jandira Feghali (PC do B/PT), se reuniram em ato político para firmar um acordo de não agressão durante o primeiro turno.
A respeito do atraso em divulgações de pesquisas de opinião por parte dos principais institutos Datafolha, Ibope, entre outros, em artigo divulgado na imprensa, o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo, citou que a pré-candidatura de Freixo tem chances reais de ir para o segundo turno nas eleições de outubro: “Às duas pesquisas se somam as informações de que Marcelo Freixo desponta como o nome da esquerda para disputar o segundo turno no Rio de Janeiro, potencial que certamente estará presente quando os institutos tiverem coragem de divulgar as pesquisas internas que estão fazendo até o momento”.
Para algumas regiões da cidade a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão trouxe impactos negativos, conforme denúncias feitas pela relatoria do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para o Direito à Moradia. Segundo as denúncias, em áreas da Zona Oeste (como as Vilas Recreio II, Harmonia e Restinga, localizadas no Recreio dos Bandeirantes), o epicentro dos Jogos, ocorreram remoções forçadas de moradores. Além disso, o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, teria reclamado de atrasos nas obras de construção e infraestrutura dos Jogos. Cogitou-se, à época, que caso o Rio não estivesse pronto a tempo, Londres poderia sediar os Jogos de forma emergencial. No entanto, a ideia foi prontamente desmentida por uma porta-voz do COI, alegando que isso "nunca foi pensado e que era uma ideia falsa".
Também chamou a atenção da mídia internacional a poluição das águas marítimas do Rio. Em julho de 2015 a Associated Press encomendou quatro rodadas de testes sobre a qualidade da água nos três locais de competições aquáticas (Marina da Glória na Baía de Guanabara, praia de Copacabana e Lagoa Rodrigo de Freitas) e também na praia de Ipanema, ponto muito frequentado por turistas, mas onde não será realizado nenhum evento olímpico. Os resultados dos testes indicaram altas contagens de adenovírus, rotavírus, enterovírus e coliformes fecais em algumas amostras. Esses são vírus conhecidos por causar doenças estomacais, respiratórias e outras, incluindo diarreia aguda e vômitos. As concentrações dos vírus foram aproximadamente as mesmas que são encontradas em esgoto puro. A Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi declarada segura para remadores e canoístas, apresentou as águas mais poluídas entre todos os locais de competições. Ao apresentar a candidatura olímpica, as autoridades locais prometeram um programa de 4 bilhões de dólares para a expansão da infraestrutura de saneamento básico. Como parte do projeto olímpico, o estado do Rio de Janeiro prometeu construir unidades de tratamento de resíduos em oito rios para filtrar parte dos esgotos e impedir que toneladas de resíduos caseiros fluíssem para a Baía de Guanabara. Apenas uma unidade foi entregue. O governador do estado, Luiz Fernando Pezão, reconheceu que "para a Olimpíada não dá tempo" de terminar a limpeza da baía. Já o prefeito Eduardo Paes lamentou que as promessas olímpicas não tenham sido cumpridas, acrescentando que os Jogos estão se mostrando "uma oportunidade perdida" para a cidade no que diz respeito ao tratamento das águas.
O prefeito Eduardo Paes estava em Atenas, na Grécia, em 21 de abril de 2016, onde participaria de cerimônia de acendimento da tocha Olímpica, quando soube do desabamento de um trecho da ciclovia Tim Maia, que ruiu devido a uma ressaca marítima. Construída pela administração de Paes, a ciclovia foi considerada "a mais bonita do mundo" devido à localização e à vista, sendo inaugurada em janeiro de 2016. Após a tragédia, que ocorreu em ano eleitoral e causou a morte de dois ciclistas, foi revelado que a construtora responsável pela obra pertencia à família do secretário municipal de turismo, Antônio Pedro Figueira de Mello.
As convenções partidárias para a escolha dos candidatos tiveram lugar entre os dias 20 de julho e 5 de agosto.
Em seguida à publicação, o senador pediu desculpas em sua conta no Facebook e disse que se empolgou durante a entrevista. Ele afirmou em nota que "existem ótimos políticos no Congresso Nacional”. Em 21 de julho, Romário desiste da pré-candidatura. Em setembro de 2016, declarou apoio ao candidato Marcelo Crivella.
Em 2 de outubro foi realizada a votação em primeiro turno. Como o Rio de Janeiro tem mais de 200 mil eleitores, segundo a lei eleitoral em vigor é adotado o sistema de dois turnos, que é iniciado caso o candidato mais votado receber menos de 50% +1 dos votos.
Na pré-campanha, o Instituto Paraná Pesquisas realizou uma sondagem em dezembro de 2015, onde Romário liderava com Crivella em segundo e Freixo em terceiro. Em Abril daquele ano, o Instituto Gerp, ligado a Rede Record de Televisão, divulgou pesquisa apontando Crivella em primeiro e Freixo em segundo lugar. No mês de julho realizou novas abordagens com a mesma situação, de Crivella na liderança e Freixo na segunda posição. Pesquisa do Instituto Paraná, realizada em julho, apontou o bispo licenciado da Universal em primeiro, e o deputado do PSOL na segunda colocação. O Instituto IBPS também sondou entrevistados, em junho de 2016, com Crivella em primeiro e Freixo em segundo, apontando segundo turno entre ambos.
Seguindo a tradição, o Grupo Bandeirantes de Comunicação realizou o primeiro debate entre os candidatos à prefeitura nas principais cidades do país. A Band confirmou que no dia 25 de agosto abriria o calendário de debates no 1º turno. E assim o fez. O primeiro debate do 2º turno foi agendado para 7 de outubro. A Rede Record e a Rede Globo serão as últimas a promoverem debates: os do primeiro turno serão nos dias 25 e 29 de setembro, enquanto os do segundo turno serão nos dias 23 e 28 de outubro.A RedeTV! realizou em 9 de setembro o debate do primeiro turno e confirmou para 18 de outubro o debate do segundo turno, também em parceria com UOL,Veja e Facebook
No segundo bloco do debate da Band, Flávio Bolsonaro passou mal e teve que deixar o debate.
Impedido de participar deste mesmo debate, vetado por adversários na disputa, Freixo fez um debate á parte, na Cinelândia, no centro do Rio, o candidato procurou responder os concorrentes que debatiam ao vivo, bem como as perguntas dos telespectadores. A militância da campanha de Freixo acompanhou o debate na praça.
Houve especulações de que Marcelo Freixo não participaria dos debates televisivos. A justificativa dos que defendiam a tese era a de que a reforma feita pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, excluiria partidos com menos de nove deputados. No entanto, graças a um entendimento do STF de que a mini reforma não possui efeito retroativo, Freixo poderá estar presente em todos os debates agendados pelas emissoras. Os deputados da atual legislatura foram eleitos em 2014, um ano antes da aprovação da tal lei, quando não se conhecia essa imposição. Portanto, a nova regra só poderia começar a ser aplicada, na visão dos juristas, a partir de 2018. Em 25 de agosto, o STF determina que as emissoras de TV convidem os candidatos nanicos. A partir do debate da Rede TV! o candidato do PSOL Marcelo Freixo foi convidado. O SBT não realizou debate entre os candidatos do Rio no Primeiro Turno, apenas na cidade vizinha (Niterói).
Já no Segundo Turno, logo após ao debate na TV Bandeirantes, os debates do SBT, jornal O Globo e da Record foram cancelados em virtude do candidato Marcelo Crivella afirmar que não poderia comparecer.
Isso gerou uma incrível polêmica e revolta dos eleitores, já que o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, alegou que ele estava agindo como um covarde fugindo do combate de ideias e os eleitores alegaram que a posição do candidato era uma atitude antidemocrática. De acordo com Crivella, ele comparecerá normalmente aos debates da RedeTV! e Globo.
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