As eleições estaduais em São Paulo em 2018 foram realizadas em 7 de outubro, como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados, para eleger um governador e vice-governador, dois senadores e quatro suplentes de senador, 70 deputados federais e 94 estaduais. Na eleição para governador, o empresário e ex-prefeito da capital João Doria (PSDB) terminou em primeiro lugar com 31,77% dos votos, seguido pelo então governador e candidato a reeleição Márcio França (PSB), com 21,53%. Como o primeiro colocado não atingiu mais de 50% dos votos, um segundo turno foi realizado em 28 de outubro. Por uma apertada vantagem de pouco mais de 700 mil votos, Doria foi eleito governador com 51,75%, e França ficou em segundo com 48,25%.
Para o Senado Federal, os deputados federais Major Olímpio (PSL) e Mara Gabrilli (PSDB) foram os eleitos para ocupar as cadeiras pertencentes a Aloysio Nunes (PSDB, vaga interinamente ocupada por Airton Sandoval do MDB) e Marta Suplicy (sem partido). Eles tiveram, respectivamente, 25,81% e 18,59% dos votos. Eduardo Suplicy (PT), então vereador da capital paulista ficou em terceiro com 13,32% dos votos, e o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB) em quarto com 9,00%.
Candidatos
Governador
João Doria (PSDB): No poder há 24 anos, o partido lançou a candidatura do ex-prefeito de São Paulo João Doria, que precisou vencer as prévias da legenda derrotando nomes como José Anibal e Floriano Pesaro. Seu candidato a vice é o deputado federal Rodrigo Garcia, do DEM. Conta com o apoio de cinco partidos: DEM, PSD, PTC, PRB e PP.
Márcio França (PSB) : O PSB lançou a candidatura a reeleição de Márcio França, ex-prefeito de São Vicente e governador de São Paulo à época. Não houve necessidade de fazer prévias para definir a candidatura. França foi eleito vice-governador em 2014 e assumiu o governo do estado em abril com a renúncia do antecessor Geraldo Alckmin, que deixou o governo paulista para disputar a Presidência da República. Conta com o apoio de quinze legendas: PR, PPS, PV, PPL, PHS, PSC, PROS, PMB, Solidariedade, PODE, PRP ,PTB e Patriota. Sua vice é a tenente coronel Eliane Nikoluk, do PR.
Paulo Skaf (MDB): O MDB confirmou Paulo Skaf como candidato em convenção realizada em 28 de julho. Skaf é empresário e presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Já foi candidato a governo paulista em 2014 pelo partido, quando recebeu 4.594.708 votos. Em chapa que não conta com apoio de outras legendas, sua vice é a tenente-coronel Carla Basson.
Luiz Marinho (PT): O Partido dos Trabalhadores possuía vários pré-candidatos até o final de 2017, sendo eles o ex-Prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho e o ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá. Marinho venceu as prévias e foi lançado como candidato. Contou com o apoio do PCdoB e sua vice foi a professora Ana Bock.
Prof. Claudio Fernando (PMN): O PMN resolveu lançar a candidatura do presidente estadual e ex-secretário de Portos e Aeroportos em Santos e secretário de Desenvolvimento Econômico do Guarujá. Foi a primeira candidatura própria do partido para governador no estado. Contou com o apoio do Rede Sustentabilidade, e teve como vice Roberto Campos.
Professora Lisete (PSOL): O PSOL decidiu-se por lançar Lisete Arelaro, professora da USP. Contou com o apoio do PCB.
Toninho Ferreira (PSTU): Seguindo projeto de candidatura própria, o PSTU lança Toninho Ferreira para governador.
Rodrigo Tavares (PRTB): O PRTB apostará na candidatura do advogado Rodrigo Tavares. Recebe apoio do PSL. Já trabalhou em diversas secretarias municipais de Guarulhos, como Saúde, Governo, Cultura, Assistência Social e Assuntos Jurídicos. Também passou pelo Procon e pela Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Seu último cargo foi de Diretor da Secretaria Municipal de Trabalho em Guarulhos.
Major Costa e Silva(DC): O Democracia Cristã apostará na candidatura do Major Costa e Silva ao Governo do Estado
Marcelo Cândido (PDT): O partido chegou a anunciar o apoio a candidatura de Márcio França, mas no dia 5 de agosto oficializou a candidatura do ex-prefeito de Suzano Marcelo Cândido. A candidata a vice é Gleides Sodré.
Rogério Chequer (NOVO): O partido Novo apostará na candidatura do criador do Movimento Vem Para Rua Rogério Chequer.
Edson Dorta/Lilian Miranda (PCO): O carteiro disputou as eleições 2016 como candidato a prefeito de Campinas foi escolhido como candidato do partido ao Governo do Estado. A candidata a vice foi Lilian Miranda. Porém em 11 de setembro de 2018 foi considerado inelegivel pelo TRE.Dias depois,em 17 de setembro o partido registrou a ex-candidata a vice de Dorta Lilian Miranda como candidata ao Governo de SP
Indeferidos
Senador
PSDB: O titular Aloysio Nunes Ferreira abdicou de sua candidatura à reeleição para continuar no cargo de ministro das Relações Exteriores. O partido lançou os deputados federais Mara Gabrilli e Ricardo Tripoli
DEM: Inicialmente o DEM chegou a anunciar a candidatura do apresentador José Luiz Datena. Após o mesmo desistir da disputa, o partido apoia as candidaturas do aliado PSDB.
MDB: A titular Marta Suplicy chegou a lançar sua candidatura à reeleição. Mas em 3 de agosto de 2018, abdicou de sua candidatura e se desfiliou do partido. No lançamento da candidatura de Paulo Skaf foi lançada a candidatura da psicóloga Maria Aparecida Pinto, Cidinha, presidente do MDB Afro. Após a desistência de Marta, o ex-prefeito de Araraquara Marcelo Barbieri assumiu a vaga na primeira chapa.
PT: O atual vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy concorrerá a um mandato. Ele esteve no Senado por 24 anos. Junto com ele concorre o ex-deputado Jilmar Tatto.
PV: O deputado federal Mendes Thame chegou a anunciar sua candidatura ao senado pelo partido, mas a retirou para tentar a reeleição a Câmara dos Deputados.
PSTU: O partido indicou para as duas vagas ao Senado Luiz Carlos Prates, o Mancha, e Eliana Ferreira.
Patriota: Coligado com o PSB lançou o empresário Marco Souza, conhecido por Dateninha, mas desistiu da candidatura e declarou apoio a Mário Covas Neto
PSB: O partido indicou ao Senado a ex-atleta Maureen Maggi.
PDT: O partido indicou ao Senado o ex-presidente da CGB Antônio Neto.
PSL: Coligado com o PRTB, partido indicou ao Senado o deputado federal Major Olímpio.
Podemos: O partido indicou ao Senado o vereador Mário Covas Neto.
PRTB: Inicialmente o partido indicou ao Senado o empresário Jair Andreoni. Após o partido se coligar com o PSL, a candidatura foi retirada.
REDE: Coligado ao PMN, indicou ao Senado os nomes de Pedro Henrique de Cristo e Moira Lázaro.
PSOL: Coligado ao PCB, lançou como candidatos Silvia Ferraro e Daniel Cara.
DC: O partido lançou a candidatura ao Senado do diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos do Município de Bertioga e delegado sindical Kaled.
NOVO: Primeiramente, indicou ao Senado o empresário e professor Christian Lohbauer, mas este acabou indo para a chapa presidencial como candidato a vice de João Amoêdo. Para seu lugar, entrou o produtor rural Diogo da Luz.
Pesquisas de opinião
1º turno
2.º turno
Apenas votos válidos
Debates televisionados
Para governador
1.º turno
Os candidatos Toninho Ferreira (PSTU), Major Costa e Silva (DC), Edson Dorta/Lilian Miranda (PCO), Rogério Chequer (NOVO) e Cláudio Fernando (PMN) não foram convidados para os debates realizados.
2.º turno
Para senador
Foram chamados os 7 mais bem-posicionados na pesquisa Datafolha de intenção de voto do dia 6 de setembro.
Resultados
Governador
Senador
Os candidatos Jair Andreoni (PRTB), Kaled El Malat(DC) e Nivaldo Orlandi (PCO) não tiveram seus votos calculados devido a problemas em suas candidaturas junto ao TSE.
Deputados federais eleitos
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados. O quociente eleitoral da eleição para deputado federal nesta eleição foi de 299.943 votos. Com isso,a eleição torna-se histórica pois o candidato Eduardo Bolsonaro tornou-se o deputado federal mais votado da história com 1.843.735 votos, superando a votação obtida por Enéas Carneiro nas Eleições 2002.
Assembleia Legislativa
Nas eleições para a Assembleia Legislativa de São Paulo, havia 94 cadeiras em jogo.
Deputados estaduais eleitos
Foram escolhidos 94 deputados estaduais para a Assembleia Legislativa de São Paulo. A eleição marcou pelo recorde de votos de Janaína Paschoal,com mais de 2 milhões de votos,sendo a deputada estadual mais votada na História. Além de pela primeira vez
uma deputada transexual, Erica Malunguinho, e também de uma bancada coletiva, na figura de Mônica Bancada Ativista