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Joinville


Joinville


Joinville é um município localizado na região norte do estado de Santa Catarina. Sua população, conforme dados do Censo de 2022 do IBGE, era de 616 317 habitantes, sendo a maior cidade do estado, à frente da capital Florianópolis, e é a terceira mais populosa cidade da Região Sul do Brasil atrás apenas de Porto Alegre e Curitiba (da qual é distante apenas 130 km, sendo assim, mais próxima da capital paranaense do que a do próprio estado). Possui uma área de 1 127,946 km². Pertence à Microrregião de Joinville e à Mesorregião do Norte Catarinense e é sede da Região Metropolitana de Joinville, conforme a Lei Complementar 788 de 2021.

A cidade possui um elevado índice de desenvolvimento humano (0,809) entre os municípios brasileiros, ocupando a 21ª posição nacional. Um estudo apontou Joinville como a segunda melhor cidade para se viver no Brasil. Joinville ostenta os títulos de "Manchester Catarinense", "Cidade das Flores", "Cidade dos Príncipes", e "Cidade da Dança". É ainda conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville (considerado o maior festival de dança do mundo), a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (a única no mundo fora da Rússia) e o Joinville Esporte Clube.

"Manchester Catarinense", "Cidade dos Príncipes", são os apelidos que Joinville ostenta. O município ora em estudo tem um dos melhores IDHs de Santa Catarina. A cidade foi criada ao mesmo tempo que Blumenau (segunda metade do século XIX), com grupo étnico semelhante ao da sua cidade contemporânea. O povo germânico impôs sua determinação na construção da cidade conhecida pela sua população trabalhadora e pelas indústrias metal-mecânica, de tecidos, de alimentos, softwares, eletrodomésticos, computadores, máquinas, etc. Joinville tem o maior Produto Interno Bruto do estado de Santa Catarina.

Etimologia

O primeiro nome de Joinville foi Colônia Dona Francisca, cuja história se iniciou quando a princesa Francisca de Bragança, irmã de D. Pedro II, se casou em 1843 com o príncipe francês Francisco Fernando de Orléans, recebendo este o título de príncipe de Joinville. O nome da cidade foi mudado para Joinville, para homenagear o príncipe, que recebeu aquelas terras como dote. Em 1848, o casal negociou as terras pelo menos em parte, com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, pois o pai de Francisco, o Rei da França Luís Felipe havia sido destronado e a família encontrava-se em dificuldades financeiras. O empreendedorismo dos imigrantes alemães, suíços e noruegueses construiu e deu continuidade ao seu crescimento, tornando Joinville uma das maiores potências regionais.

História

Primórdios

Os registros dos primeiros habitantes da região de Joinville datam de 4800 a.C. Os indícios de sua presença encontram-se nos mais de 40 sambaquis e sítios arqueológicos do município. O homem-do-sambaqui praticava a agricultura, mas tinha na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência.[carece de fontes?]

Índios tupis-guaranis (especificamente, carijós) ainda habitavam as cercanias quando chegaram os primeiros imigrantes europeus. No século XVIII, estabeleceram-se, na região, famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da capitania de São Vicente (hoje estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz e milho, entre outros produtos.[carece de fontes?]

Origens e povoamento

A história de Joinville tem ligação com a princesa do Brasil Francisca de Bragança, que se casou, em 1843, com o Francisco Fernando de Orléans, Príncipe de Joinville, terceiro filho do rei Luís Filipe I. Ela ganhou como prêmio de casamento 25 léguas cúbicas em plena Mata Atlântica que se situavam na região do município que ganhou o nome de um dos descendentes do monarca francês.

Porém, depois que o rei Luís Filipe I foi destronado em 1848 e o Príncipe de Joinville se refugiou na Inglaterra, foi que apareceu a ideia de colonizar esse terreno. O Príncipe de Joinville e o senador Christian Mathias Schroeder (que ganhou sem custo algum oito léguas cúbicas) aceitaram organizar a colônia, que seria habitada por europeus.

As pessoas que idealizaram foram, além dos já referidos, Léonce Aubé, Jerônimo Francisco Coelho, João Otto, Ottokar Doerffel, Frederico Brustlein e demais indivíduos. Porém, o imenso reconhecimento compete aos imigrantes (quase todos agricultores), que passaram a chegar desde 1851. A barca Colon transportou os imigrantes iniciais. Eram 191 no total, a maioria de suiços, além de alemães e noruegueses. De acordo com o historiador Apolinário Ternes, o projeto iniciou‐se um ano antes da chegada da barca Colon, que partiu de Hamburgo em 1851. Em 1850, veio o vice-cônsul Léonce Aubé, acompanhado de duas famílias de trabalhadores braçais, mais o engenheiro responsável das primeiras benfeitorias e demarcações do que viria a ser a nova colônia, e também do cozinheiro franco-suíço Louis Duvoisin. Louis Duvoisin veio ao Brasil anos antes com a expedição do 1842, o Benoît Jules Mure, na instalação fracassada do Falanstério do Saí. A barca Colon partiu de Hamburgo levando os primeiros imigrantes. No dia 9 de março do mesmo ano, a barca chegou ao local e foi fundada a Colônia Dona Francisca. A população foi reforçada com a chegada da barca Emma & Louise, com 114 pessoas. Em 1852, foi decidido que, em homenagem ao príncipe François, a cidade passaria a se chamar Joinville.

Uma residência foi construída para administrar os bens do Príncipe de Joinville, com um caminho de palmeiras em frente à casa. A casa que foi construída é atualmente o "Museu Nacional de Imigração e Colonização", e a via à sua frente tornou-se a Alameda Brüstlein, mais conhecida como Rua das Palmeiras, hoje atrativo turístico da cidade.

Imigração, formação administrativa e história contemporânea

A malária, doença desconhecida na Europa, foi causa de morte de muitos dos imigrantes. Porém, a imigração andou para frente de qualquer maneira com a chegada de novas levas de alemães e Joinville progrediu muito devido a isso e em 1858 se elevou à categoria de freguesia. Criou-se o município por meio da Lei nº 566, de 15 de março de 1866, com o nome de São Francisco Xavier de Joinville que, em seguida, se reduziu para Joinville. O novo município foi instalado em 7 de janeiro de 1869.

Em maio de 1877, Joinville foi elevada da categoria de villa à de cidade. Na época, villas já tinham municipalidade própria, mas cidades contavam com um número maior de vereadores (de sete para nove), entre outras mudanças.

Se a agricultura era a fonte de renda que predominava nos primórdios de Joinville, na atualidade mais de cem indústrias do município são a sua principal atividade econômica. Joinville é um município pertencente à Microrregião homônima.

Geografia

A cidade é em geral plana, situando-se ao lado da baía da Babitonga - um dos naturais do município, ocorrendo algumas pequenas elevações conforme vai se afastando.

A altitude da sede é de 4,5 metros, embora, na parte central da cidade, a altitude chegue a apenas quatro metros, o que, em dias de maré muito alta, causa alagamentos. Há morros elevados em torno da cidade. O ponto culminante é o pico Serra Queimada, com 1 325 metros de altitude, na Serra Queimada.

A vegetação em torno da cidade e nos morros em sua área urbana é constituída por remanescentes da mata Atlântica.[carece de fontes?] O rio Cachoeira passa pelo centro da cidade e desemboca na baía da Babitonga. Quase toda a área no entorno do rio é urbanizada, mantendo alguns manguezais preservados.

Clima

De acordo com a classificação climática Köppen-Geiger, a cidade de Joinville, como todo o estado de Santa Catarina, apresenta clima subtropical.[carece de fontes?] Entretanto, devido à sua baixa altitude média (verificada como sendo de quatro metros), praticamente a nível do mar, apresenta, em média, temperaturas mais elevadas do que o interior catarinense, principalmente nas regiões de maior altitude do estado. As precipitações são abundantes durante todo o ano, ocorrendo com maior frequência no verão. Em Joinville ocorreram algumas enchentes com graves consequências. Entre elas, destacam-se as de 2008 e 2011. Neve no município é algo raro, mas conforme a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), no dia 23 de julho de 2013 houve registro do fenômeno na cidade.

Política

A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.

Até 2021, Joinville teve 46 mandatos no cargo de prefeito. O eleito nas eleições municipais no Brasil em 2020 para ocupar o cargo de 2021 a 2024 foi Adriano Bornschein Silva, do NOVO com 55,43% no 2º turno.

O Poder legislativo da cidade de Joinville é constituído pela Câmara Municipal), composta por 19 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição.

Cidades-irmãs

  • Zhengzhou, China
  • Chesapeake, EUA
  • Spišska Nová Ves, Eslováquia
  • Langenhagen, Alemanha
  • Joinville-le-Pont, França
  • Schaffhausen, Suíça

Economia

A abastada classe de industriais da região criou, logo no início do século XX, a Associação Comercial e Industrial de Joinville (atual Associação Empresarial de Joinville). Hoje, a região produz 18,9 por cento (valor adicionado fiscal) do produto interno bruto do estado de Santa Catarina.[carece de fontes?]

Joinville é cortada por várias rodovias e linha férreas que também contribuíram para tornar a cidade o 3º maior polo industrial da Região Sul do Brasil. Apesar do progressivo aumento do sector terciário do centro, a atividade industrial continua com grande relevância, laborando, na sua cintura industrial, grandes conglomerados do setor metal-mecânico, químico, plásticos, têxtil e de desenvolvimento de software, tornando-a um grande polo dessa tecnologia.[carece de fontes?]

Sendo a cidade mais importante industrialmente em Santa Catarina, possui muitos dos mais importantes grupos econômicos do país, em diversos setores – tais como a Amanco (antiga Akros), Döhler, Embraco, Tigre, Tupy, Totvs, Britânia, Krona, General Motors, Whirlpool, Wetzel, Laboratório Catarinense, Siemens, entre outras.[carece de fontes?]

Joinville é o maior polo metalúrgico de Santa Catarina, sendo a Fundição Tupy a maior do Estado. Outra marca importante da cidade é que ela é o maior polo industrial de ferramentaria do estado.[carece de fontes?]

Infraestrutura

Transportes

O Aeroporto de Joinville, Lauro Carneiro de Loyola, está localizado a 13 km do Centro da cidade, a 75 km do Aeroporto de Navegantes, a 110 km do Aeroporto de Curitiba e a 163 km do Aeroporto de Florianópolis. Em 2012, registrou um movimento de 484742 passageiros e cerca de 10 000 pousos e decolagens. No dia 8 de março de 2004, em meio às comemorações de 153 anos de Joinville, o aeroporto inaugurou um novo terminal de passageiros de quatro mil metros quadrados e capacidade para atender a até 500 000 passageiros por ano. Também foram construídos um prédio administrativo e uma torre de controle. O aeroporto adequou-se ao conceito de "aeroshopping" que a Infraero implementou em seus aeroportos. O número de lojas passou de oito para 22 no novo terminal. Partindo da cidade, existem diversos voos diários para São Paulo (Congonhas, Guarulhos e Campinas), e Porto Alegre, através das Companhias Gol, LATAM e Azul Linhas Aéreas.

A Rodoviária de Joinville, Estação Rodoviária Harold Nielson está localizada na Rua Paraíba, no bairro Anita Garibaldi. A Rodoviária Harold Nielson opera oficialmente desde 9 de março de 1974, e passou por uma grande reforma que culminou na reinauguração no ano de 2001. Entre os anos de 2007 a 2009 ficou abandonada, até a Conurb se oferecer para administrá-la em 2010. Desde então a rodoviária ganhou um grande estacionamento para veículos, aumento na segurança e os sanitários voltaram a ser gratuitos. Joinville conta com dez terminais, operando em sistema integrado.[carece de fontes?]

A Estação Ferroviária de Joinville está localizada na Rua Leite Ribeiro, também no bairro Anita Garibaldi. O prédio da estação foi construído no ano de 1906 pela Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, onde é atendida pela Linha do São Francisco, que liga a cidade à São Francisco do Sul (no Porto da cidade) e à Porto União. Por muitos anos foi o principal terminal de passageiros e de cargas na cidade, tendo servido a antiga Rede Ferroviária Federal. Após o último trem de passageiros (que ligava Joinville a Corupá) parar pela última vez em sua estação ferroviária em janeiro de 1991, tanto a ferrovia quanto a estação permaneceriam de uso exclusivo para o transporte de cargas. Atualmente, a Linha do São Francisco encontra-se em sua grande parte concedida à Rumo Logística, enquanto que a Estação Ferroviária de Joinville abriga a Estação da Memória, um centro cultural de preservação da memória ferroviária da cidade.

Educação

Joinville orgulha-se de ter a melhor educação pública de Santa Catarina, reconhecida pelo ministério da educação[carece de fontes?]. As escolas, no geral, possuem boa infraestrutura[carece de fontes?], com exceção das escolas estaduais, com um problema crônico de estrutura, desvalorização do governo do estado com relação aos professores e sistema de seleção de diretores por indicação que dificulta o diálogo entre cidadãos e instituição.[carece de fontes?]

No ensino superior, predominam os cursos de engenharia, sobretudo na Universidade do Estado de Santa Catarina e na Universidade Federal de Santa Catarina. Por outro lado, a cidade carece de cursos voltados a áreas essenciais como as de licenciatura, obrigando muitos de seus moradores a mudarem-se para a capital, Florianópolis ou mesmo outros estados.[carece de fontes?] Entre as principais instituições de ensino superior de Joinville estão o Instituto Federal de Santa Catarina, a Universidade do Estado de Santa Catarina, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Centro Universitário - Católica de Santa Catarina, Universidade da Região de Joinville, entre outras.[carece de fontes?]

Saúde

Joinville possui clínicas especializadas principalmente em cirurgia (geral, cabeça, pescoço, pediátrica, plástica, torácica e vascular), pediatria, psiquiatria, obstetrícia, odontologia, neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia, urologia, endocrinologia, ortopedia, nefrologia, entre outras. Há registro (até 5 de março de 2011) de sete hospitais, 635 consultórios médicos, 86 consultórios odontológicos, 54 postos de saúde, 146 farmácias, quatro prontos-socorros e 36 ambulâncias.[carece de fontes?]

Além dos sete hospitais, a cidade ainda possui: Maternidade Darci Vargas, situada no bairro Anita Garibaldi e próxima ao Hospital São José; Instituto Pró-Rim, referência no país, localizado na Rua Xavier Arp, no bairro Iririú; Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, localizado na rua Camboriú no bairro Glória.[carece de fontes?]

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 7.57 para 1000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.2 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 155 de 295 e 235 de 295, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 3759 de 5570 e 4284 de 5570, respectivamente.[carece de fontes?]

Segurança

Joinville é atendida por dois batalhões da Polícia Militar de Santa Catarina, o 8° Batalhão (8° BPM), que atende a região Norte da cidade, e o 17° Batalhão (17° BPM) com atuação na região Sul, ambos subordinados ao comando da 5ª Região de Polícia Militar (5ª RPM), com sede na região central de Joinville. A Polícia Militar atende a cidade com as mais diversas modalidades de policiamento: Rádio Patrulhamento, Regimento de Polícia Montada (Cavalaria), Patrulhamento com Bicicletas (Bike Patrulha), e o policiamento tático da Companhia de Patrulhamento Tático do 8° Batalhão (8° CPT), que por sua vez abriga o 1° e o 2° Pelotão de Patrulhamento Tático; o 3° Pelotão de Paramédicos (primeira e única unidade de paramédicos da Polícia Militar em Santa Catarina); 4° Pelotão ROCAM (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas); e o Grupamento de Policiamento com Cães (CANIL).

A cidade abriga também a 2ª Companhia do Batalhão de Aviação da Polícia Militar de Santa Catarina (BAPM), operando helicóptero Águia 01, aeronave modelo Esquilo AS-350B2 (de matricula PR-HTA) que atua em ações policiais, operações de resgate, busca e salvamento, além de ser usado em alguns casos para transferências hospitalares que exijam menor tempo de deslocamento. Além de Joinville, a base do BAPM em Joinville atende toda a região Norte de Santa Catarina. Anexo a 2ª Companhia de Aviação encontra-se o Posto 18 da 4ª Companhia de Polícia Militar Rodoviária, responsável pela fiscalização da malha viária estadual de Joinville, Garuva e Itapoá.

Além da estrutura da Polícia Militar, Joinville conta com dez delegacias da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, sendo duas especializadas: Delegacia de Homicídios (DH) e a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI)

Desde 2013, a cidade conta com a Guarda Municipal, criada com o intuito de reforçar a segurança pública na cidade. A Guarda Municipal de Joinville é a responsável pela proteção do patrimônio municipal, policiamento preventivo e fiscalização de trânsito, com o efetivo de aproximadamente 40 agentes armados.

Abastecimento de água

A Companhia Águas de Joinville é uma empresa pública de saneamento básico da Prefeitura Municipal, responsável pelo tratamento e distribuição de água potável, além da coleta e tratamento de esgoto da cidade desde 2005 (ano em que a concessão mudou de estadual para municipal). A reserva de água tratada totaliza 56 milhões de litros. São 13 reservatórios e duas Estações de Tratamento de Água (ETAs): Cubatão e Piraí, com capacidade total de 2350 l/s, que abastecem 99 por cento do município. A Águas de Joinville também administra 13 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), sendo as principais as ETEs Jarivatuba, Espinheiros, Profipo e Morro do Amaral.[carece de fontes?]

Mídia

O Jornal A Notícia e o Jornal Notícias do Dia, são os jornais diários, editados na cidade. A Gazeta de Joinville é o jornal semanal alternativo. Também existem jornais menores com periodicidade indefinida: Jornal da Cidade e o Correio Joinvilense, além do jornal O Vizinho.[carece de fontes?]

A cidade possui duas emissoras comerciais de televisão, sendo NSC TV Joinville (afiliada Rede Globo) e NDTV Joinville (afiliada Record TV). A TV Brasil Esperança, é uma emissora educativa de caráter comunitário na cidade. A cidade também dispõe de duas emissoras de TV comercial em canal fechado (TV a cabo): TV Cidade e TV Babitonga.[carece de fontes?]

Joinville possui também 12 emissoras de rádio, 4 em AM, sendo Colon 1090, Cultura 1250, Difusora Arca da Aliança 1480 e Clube 1590 e 8 em FM que são, 89 FM 89,5 - Jovem Pan 91,1 - Udesc 91,9 - Rádio Globo 95,3 - Nativa FM 103,1 - Atlântida 104,3 - Joinville Cultural 105,1 e 107 FM em 107,5, também conta com mais 4 emissoras comunitárias em FM, que são, Leste FM 87,9 - União Sul FM 87,9 - Nova Brasília FM 87,9 e Pirabeiraba FM 87,9.[carece de fontes?]

Cultura

Por seus atributos culturais, Joinville recebeu diversos títulos ao longo das décadas de 1940, 60 e 80, tornando-se conhecida como "Cidade dos Príncipes", "Cidade das Flores", "Cidade das Bicicletas", "Manchester Catarinense", e "Cidade da Dança".[carece de fontes?]

A cidade destaca-se por importantes museus e pontos de interesse histórico, tais como o Museu de Arte de Joinville, Museu Nacional de Imigração e Colonização, Estação da Memória, Museu Casa Fritz Alt, Museu da Bicicleta de Joinville, Galeria de Artes Victor Kursancew, Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville e Casa da Memória.[carece de fontes?]

Inúmeros eventos culturais são marcantes na cidade. A Festa das Flores acontece há 75 anos. O Festival de Dança de Joinville - reconhecido como o maior do mundo em seu gênero (consta no Guinness Book) - chega a sua 32ª edição em 2014. A Coletiva de Artistas de Joinville acontece há 31 anos ininterruptos. Recentemente, a cidade passou a sediar também um festival de música instrumental, o Joinville Jazz Festival.[carece de fontes?]

Uma filial da Escola do Teatro Bolshoi, a única fora da Rússia, é destaque na formação de bailarinos e bailarinas, oferecendo formação de qualidade a estudantes carentes. A produção artística acontece em centros culturais, museus, casa da cultura, centro de eventos, mercado público, teatros, na Cidadela Cultural Antarctica (antiga fábrica de cervejas), e também em escolas, universidades, associações de moradores, igrejas e praças públicas. [carece de fontes?]

A Joinville contemporânea caracteriza-se por ser rica na diversidade cultural de seu povo. O aspecto pluralista permite as mais diferentes expressões, das mais diversas culturas e etnias formadoras, da dança clássica ao hip hop, dos corais étnicos à música lírica, da música clássica ao chorinho, do pop rock à música sertaneja e gauchesca. O carnaval de rua, aberto a todos, foi resgatado em 2005. Hoje, a Rua Visconde de Taunay é uma via gastronômica, devido ao movimento noturno e à quantidade de bares e restaurantes no local. Filho de joinvilense, o músico carioca Mú Carvalho, tecladista do grupo instrumental A Cor do Som, emprestou o nome da cidade a uma de suas composições, gravada em seus CDs solo Óleo sobre Tela e Ao Vivo.[carece de fontes?]

Patrimônio

O patrimônio cultural, ainda preservado, permite a convivência harmoniosa entre o passado e o presente. No patrimônio arquitetônico, destacam-se as construções que mesclam as influências dos imigrantes com as adaptações necessárias ao local. Casas autênticas em enxaimel, centenárias, ainda podem ser vistas no centro, nos bairros e na área rural. Casarões do século chamam a atenção pela angulação dos telhados, em "V". Antigas fábricas ainda preservam suas grandes chaminés, como marcos do desenvolvimento da cidade com vocação industrial.[carece de fontes?]

A Fundação Cultural de Joinville mantém cinco museus, sendo o mais famoso o Museu Nacional de Imigração e Colonização de Joinville, que conta um pouco da história dos primeiros imigrantes da cidade. Outro importante museu é o Museu de Arte de Joinville, em uma das mais antigas construções da cidade, com acervo importante de arte local, estadual e nacional. Na antiga casa de Fritz Alt, há o Museu Casa Fritz Alt, com peças do artista. O Museu da Bicicleta de Joinville, o MuBi, com acervo de mais de 16 mil peças, é único do gênero em toda América Latina.[carece de fontes?]

O patrimônio arqueológico é outro destaque, já que existem mais de 40 sambaquis no município, sendo dez deles em área urbana. O Museu Arqueológico de Sambaqui é referência internacional no assunto, já que conserva em seu acervo mais de 20 mil peças. Um sambaqui preservado pode ser visitado no Parque Municipal da Caieira, uma área de preservação permanente junto à Baía da Babitonga, que integra manguezais, mata atlântica, sítios arqueológicos e ruínas da antiga fábrica de cal, que utilizava os "casqueiros" dos sambaquis como matéria-prima.[carece de fontes?]

Como patrimônio imaterial (ligado aos saberes e fazeres), o destaque é a culinária. A cachaça, o melado, os produtos coloniais e a culinária colonial típica, principalmente suíça e alemã, ainda resistem aos processos de industrialização. As confeitarias da cidade - uma atração cultural à parte - são reconhecidas por suas tortas, cucas e pelo apfelstrudel (strudel de maçã). Existe em Joinville a Praça dos Suíços, em homenagem a expressiva imigração Suíça na cidade. Há várias fábricas de chocolate caseiro. O artesanato local é simples e com forte predominância dos artigos confeccionados com tecidos e roupas feitos à mão, pintados ou bordados. Recentemente, tem-se destacado o artesanato com fibra de bananeira, uma cultura agrícola ainda abundante no meio rural.[carece de fontes?]

Além da língua nacional, o português, outros idiomas originados na Europa são falados por alguns moradores e integrantes da população joinvilense com um pouco mais de idade: dentre eles, o alemão e o italiano.[carece de fontes?]

Esportes

O tiro ao alvo e a ginástica foram os primeiros esportes praticados pelos imigrantes, mas atualmente o futebol é o esporte de maior popularidade entre os joinvilenses, especialmente a partir do início século XX. Joinville conta com um grande clube desportivo em atividade, o Joinville Esporte Clube. Outro clube de grande porte na cidade foi o extinto Caxias Futebol Clube. Existem ainda numerosos clubes de menor dimensão dedicados ao futebol amador, mas com função social de grande relevo em seus bairros. Ao longo do tempo, clubes dedicados ao remo, modalidade anteriormente praticada junto ao rio Cachoeira, foram gradualmente desaparecendo. Clubes recreativos tradicionais, como o América Futebol Clube, também possuem boa estrutura esportiva, oferecendo possibilidade de prática em esportes variados como futebol, futsal, futebol americano (Joinville Gladiators e Red Lions Football), ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, natação, tênis e voleibol.[carece de fontes?]

Em esportes individuais, alguns atletas joinvilenses conseguiram grande destaque internacional. Na natação, Eduardo Fischer conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial de Natação em Piscina Curta de 2002, na modalidade 50 metros peito. Maurício Gugelmin, piloto de Fórmula 1, foi o terceiro colocado no Grande Prêmio do Brasil de 1989. Daniel Orzechowski, na natação, e Márcia Narloch, no atletismo, tiveram êxito em competições continentais, conquistando medalhas nos Jogos Sul-Americanos e nos Jogos Pan-Americanos, respectivamente. O nadador Talisson Glock conquistou duas medalhas nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016. O lutador de artes marciais mistas Vitor Miranda e o jogador de basquete Tiago Splitter também alcançaram grande fama internacional participando, respectivamente, das competições Ultimate Fighting Championship (UFC) e National Basketball Association (NBA).

Ver também

  • Lista de municípios de Santa Catarina
  • Lista de municípios de Santa Catarina por data de criação
  • Lista de municípios de Santa Catarina por população
  • Lista de municípios de Santa Catarina por subdivisão
  • Lista de municípios de Santa Catarina por PIB
  • Lista de municípios do Brasil acima de cem mil habitantes
  • Lista de prefeitos de Joinville
  • Lista dos primeiros imigrantes da Colônia Dona Francisca
  • Kolonie Zeitung, primeiro jornal impresso de Joinville.
  • Colônias alemãs em Santa Catarina
  • Luiz Henrique Schwanke
  • Diocese de Joinville

Referências

Ligações externas

  • Joinville, SC: Prefeitura 
  • Fundação Cultural de Joinville, consultado em 11 de julho de 2007, cópia arquivada em 11 de julho de 2007 
  • «Joinville», Biblioteca (PDF), IBGE, consultado em 12 de dezembro de 2010, cópia arquivada (PDF) em 14 de junho de 2011 

Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Joinville by Wikipedia (Historical)


Francisco de Orleães, príncipe de Joinville


Francisco de Orleães, príncipe de Joinville


Francisco Fernando Filipe Luís Maria (em francês: François Ferdinand Philippe Louis Marie d'Orléans; Neuilly-sur-Seine, 14 de agosto de 1818 — Paris, 16 de junho de 1900), foi um príncipe francês da Casa de Orléans e Príncipe de Joinville. Era filho do rei Luís Filipe I da França e de sua esposa, a princesa Maria Amélia de Nápoles e Sicília. Casou-se com a princesa Francisca do Brasil, filha do imperador Dom Pedro I, de quem recebeu, como dote, as terras onde foi fundada a cidade brasileira de Joinville.

Biografia

Início de Vida

Francisco era o sétimo filho, o terceiro do sexo masculino, do rei Luís Filipe I da França e da rainha Maria Amélia de Bourbon-Nápoles, nascida princesa das Duas Sicílias. Pertencia à Casa de Orléans através de seu pai, um ramo cadete da Casa de Bourbon francesa. Através de sua mãe, a princesa Maria Amélia, Francisco descendia da Casa de Bourbon-Duas Sicílias, um ramo espanhol da Casa de Bourbon. Tanto seu pai quanto sua mãe descendiam do rei Luís XIV da França e do irmão deste, Filipe I, Duque de Orléans.

O pai de Francisco tornou-se rei dos franceses em 1830 após a Revolução de Julho, que resultou na abdicação forçada do rei Carlos X da França. Antes do pai se tornar rei, Francisco detinha apenas o título príncipe de sangue e direito ao estilo de Sua Alteza Sereníssima. A partir de 1830, quando seu pai se torna Rei, Francisco passa a ser Príncipe da França e a utilizar o estilo de Sua Alteza Real. No mesmo ano lhe é conferido o título de Príncipe de Joinville.

Carreira Militar

O príncipe foi educado para os serviços navais e, em 1836, tornou-se tenente da Marinha francesa.

No comando da corveta La Creole ele mostrou grande experiência e ousadia durante a guerra contra o México, atacando as baterias de San Juan d'Ulúa e, dias depois, liderando um destacamento de fuzileiros contra a cidade de Veracruz, fazendo prisioneiro o general mexicano Vista.

Por tal feito, foi condecorado com a cruz da Legião de Honra e promovido a capitão.

Em 1840 foi ao Brasil no comando da fragata La Belle Poule, que levou os restos mortais de Napoleão Bonaparte da Ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico, de volta para a França.

Casamento

Em 1843 esteve novamente no Brasil com sua fragata, para se casar com a princesa D. Francisca de Bragança, filha de Dom Pedro I e de D. Maria Leopoldina de Áustria e irmã de Dom Pedro II. Francisca de Bragança e Habsburgo nascera no Rio de Janeiro em 2 de agosto de 1824 e viria a morrer em Paris em 27 de março de 1898, estando sepultada em Dreux.

O casamento foi efetuado a 1 de maio. Francisca recebeu por dote um milhão de francos, ou 750 contos, e terras devolutas na Província de Santa Catarina, no Sul do Brasil, com 25 léguas quadradas, ou três mil braças, situadas a nordeste da província, à margem esquerda do rio Cachoeira. A região havia sido delimitada dois anos por d. Pedro II para compor o dote da irmã, e por isso recebera o nome de Colônia Dona Francisca. Com a celebração da união, a colônia passou à soberania do príncipe de Joinville, adquirindo assim o nome de Joinville.

No mesmo ano, Francisco foi promovido a contra-almirante e tomou posse como membro do conselho do Almirantado, ativamente buscando a organização da marinha a vapor.

Em 1845 foi nomeado comandante da frota do Mediterrâneo, ficando ao longo da costa africana. Quando de seu mandato, bombardeou Tânger e tomou Mogador, tornando-se, por estes feitos, vice-almirante.

Exílio e Guerra Civil Americana

Depois da Revolução de 1848, o príncipe de Joinville (servindo na Argélia, na ocasião) renunciou às suas funções, seguindo para o exílio, com sua família, na Inglaterra, ficando em Claremont.

Tendo tido todas as suas terras e propriedades na França confiscadas, os príncipes de Joinville decidiram tirar proveito das terras brasileiras pertencentes a Joinville. O casal negociou o uso de 8 léguas quadradas, das 25 léguas que detinham em Santa Catarina, com a Companhia Colonizadora Alemã, do Senador Christian Mathias Schroeder, rico comerciante e donos de alguns navios. Com a chegada da primeira leva de imigrantes em 9 de março de 1851 foi fundada a Joinville brasileira, hoje a maior cidade do Estado de Santa Catarina.

Quando irrompeu a Guerra Civil Americana, o príncipe de Joinville, juntamente com seu filho e dois sobrinhos, foram a Nova Iorque oferecer seus serviços ao presidente Abraham Lincoln.

Após a queda do império na França, na década de 1870, o príncipe de Joinville serviu no exército do Loire sob o pseudônimo americano "Coronel Leitherod", retirando-se da vida pública em 1876, passando para a reserva com a patente de vice-almirante.

Escreveu livros sobre assuntos navais e militares, como "Estudos navais"; "Inglaterra: um estudo do auto-governo"; "A guerra americana: campanha no Potomac" e "Outra palavra sobre Sadowa".

A causa do falecimento do príncipe de Joinville foi pneumonia.

Descendência

  1. Francisca de Orléans, Duquesa de Chartres (14 de agosto de 1844 - 28 de outubro de 1925), casou-se com seu primo Roberto, Duque de Chartres, filho do herdeiro da coroa francesa Fernando Filipe, Duque de Orléans e da princesa Helena de Mecklemburgo-Schwerin, com quem teve cinco filhos;
  2. Pedro de Orléans, Duque de Penthièvre (4 de novembro de 1845 - 17 de julho de 1919), não se casou, mas teve dois filhos ilegítimos com Angélique Lebesgue;
  3. Maria Leopoldina de Orleães (30 de outubro de 1849), morreu poucas horas após o nascimento.

Ancestrais

Referências

Bibliografia

  • Chisholm, Hugh, ed. (1911). "Joinville, François Ferdinand Philippe Louis Marie, Prince de". Encyclopædia Britannica (11th ed.). Cambridge University Press.

Ligações externas

  • Memórias do Príncipe de Joinville (em inglês), tradução de Lady Mary Loyd, do Projeto Gutenberg

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Museu Nacional de Imigração e Colonização


Museu Nacional de Imigração e Colonização


O Museu Nacional de Imigração e Colonização localizado na cidade de Joinville, norte de Santa Catarina, guarda memórias, histórias e objetos relacionados à imigração no Sul do Brasil. A sua criação se deu através do do Projeto de Lei 3055/1953, de autoria do então deputado federal Plácido Olímpio de Oliveira, que aprovado originou a Lei Federal nº 3.188 de 02/07/1957. O Museu se dedica a recolher objetos e documentos escritos relacionados ao processo histórico de imigração e colonização.

Quando criado o Museu, o então Serviço do Patrimônio Histórico Nacional firmou convênio com a Prefeitura Municipal de Joinville com o objetivo de instalar esta Unidade Museológica. Para isso, foi criada uma Comissão de Cidadãos Voluntários, partidários da política de preservação, para recolher objetos relacionados à imigração.

Atualmente, a propriedade que compreende uma área de 6 mil m², possui espaços expositivos que contam histórias da vida rural e urbana da região.

Apesar de já ser grande, o terreno era ainda maior na época em que o casarão foi construído, pois contava com a Alameda Brüstlein ou Rua das Palmeiras como parte integrante do jardim. Em 1873 quando as palmeiras imperiais foram plantadas no local em que se encontram, não existia a atual Rua Rio Branco, a rua do Museu, de modo que acesso principal se dava pela Rua das Palmeiras, que nos primeiros anos era uma via particular. Foram plantadas inicialmente 56 palmeiras, número que diminuiu para 52, quando foi necessária a abertura da Rua Rio Branco e a ampliação da Rua do Príncipe. Atualmente há em torno de 90 palmeiras, número que aumentou em virtude da preocupação de manter a rua com sua espécime original, visto que as palmeiras imperiais tem vida máxima de 200 anos.

Desde 1957, o Museu é uma instituição que foi criada para tratar da imigração no sul país. Assim, encontra-se inscrito no Roteiro Nacional de Imigração (IPHAN/MINC), projeto de pesquisa e preservação do patrimônio cultural das comunidades descendentes de imigrantes (alemães, italianos, poloneses, ucranianos, entre outros).

O Casarão

O Casarão, também conhecido como "Maison de Joinville" teve o início da sua construção em 1867 e foi concluído em 1870, o projeto da casa foi elaborado por Frederico Bruestlein, administrador dos bens do Príncipe de Joinville.

O Sr. Frederico Bruestlein, em 15 de outubro de 1865, assumiu o cargo de representante do Príncipe de Joinville e do Duc d’Aumale. Encontrou ele uma velha casa de administração em estado deplorável, o madeiramento do terraço apodrecido e meio caído além haver cupins na casa de habitação a qual uma reforma seria inviável.

Em 13 outubro de 1866 com o objetivo de ser a administração dos bens do Príncipe de Joinville e também a sede administrativa da Colônia Dona Francisca, Brüstlein entregou o projeto para aprovação, a verba inicial foi de 10 contos de reis. Escolheu então o Sr. Bruestlein o terreno apropriado para a nova construção. A habitação antiga achava-se no terreno do Príncipe de Joinville, uma área de 100 X 100 braças quadradas (equivalente a 48400 m²) num terreno de frente à “Ziegelstrasse”, hoje Rua do Príncipe. O padrão de arquitetura do casarão é inspirado nas casas da burguesia de Paris

O termo “Palácio dos Príncipes”, o qual é equivocadamente chamado, que não foi construído para servir de residência aristocrática à família Orleans, mas sim, em forma de simples “casarão colonial ao estilo burguês destinado para casa de administração na Colônia Dona Francisca. Nunca foram encontradas cartas ou documentos da época a designação da palavra “Palácio”. Aparece pela primeira vez num anúncio publicado na “Colonie Zeitung” de 23 de maio de 1874, que foi transcrita: “Argolinha. Terá lugar a corrida às 3 horas da tarde em frente ao PALÁCIO DE SUA ALTEZA o Sr. Príncipe de Joinville no dia 24 do corrente. E dará seu baile na casa do Sr. Kalotschke no mesmo dia. Outrossim quem achar a lista dos sócios da Argolinha entregar ao João Baptista que gratificará”.

A "Maison de Joinville" foi tombada pelo antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN) em 1939 por conta da importância histórica para a cidade de Joinville, sendo uma das primeiras construções fora do litoral brasileiro a serem tombadas e que não estava ligada diretamente a "brasilidade" em alta na época.

Após a morte do Sr. Bruestlein, outros representantes dos herdeiros dos príncipes viveram no casarão com suas famílias até 1957, quando foi adquirida pela Prefeitura de Joinville dos herdeiros do Príncipe. Durante quatro anos ficou fechada para a adaptação de casa para museu tendo a sua aberta como museu em 1961.

A casa conta com piso térreo e mais dois pavimentos. O piso térreo e o primeiro andar possuem colunas externas que formam uma varanda circundando quase toda a residência em seus respectivos andares. O segundo andar não possui varanda circundante. O telhado da casa tem duas águas, uma que dá para frente e outra para trás. O segundo andar esta dentro do telhado, deste modo as varandas neste andar são laterais e não circundantes.

Não há laje de concreto entre os pavimentos, sendo estes separados pelo forro do andar inferior e o assoalho do andar superior, ambos feitos de madeira. Não há colunas de aço tampouco de concreto armado, toda a sustentação dos andares é feita distribuindo-se o peso nas paredes de tijolos e nas colunas externas feitas do mesmo material. Pode-se notar que as paredes do térreo possuem uma grande espessura, se comparadas às atuais paredes, e vão diminuindo andar por andar. A principal cor do casarão é o branco, sua cor original vem do material empregado em sua pintura, a cal. 

O prédio de mais 850 m² representa bem o estilo arquitetônico predominante: o neoclássico; possuindo simetria, uso de colunas e arcos, pórtico colunado e frontão triangular. 

Galpão de tecnologia patrimonial

A arquitetura remete à técnica enxaimel, utilizando madeiras com preenchimentos em tijolos. Esta edificação foi construída em 1963 para abrigar os acervos de tecnologia patrimonial. Nessa técnica não há pregos, somente encaixes também em madeira. O espaço possui aproximadamente 280 metros quadrados.

No galpão de tecnologia patrimonial encontra-se um acervo com peças de grande porte, como exemplares de engenho de farinha, engenho de erva-mate, moenda de cana-de-açúcar, canoa e carro de boi, além de instrumentos dos ofícios e modos de saber-fazer dos habitantes das pequenas propriedades rurais com mão-de-obra familiar e produção diversificada como alambique e tear.

O galpão está fechado desde fevereiro de 2013 por apresentar problemas estruturais e desde então aguarda reformas.

Galpão de transportes

O galpão de transportes, com o visual inspirado nas construções enxaimel foi construído em 2006, aberto ao público em 2007. O projeto construtivo recebeu orientações do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no sentido de se diferenciar das construções já existentes no museu. Pode-se perceber que seu telhado conta com linhas mais acentuadas e retas e suas janelas confeccionadas em vidros permitem a entrada de luz natural. Importante ressaltar que sua técnica construtiva imita o enxaimel, não se propõe a fazê-lo possui de mais de 250 m² contém vários meios de transporte usados em Joinville e região.

As carroças expostas retratam um período longo da história da cidade, com veículos usados na segunda metade do século XIX e outras que circularam até a década de 1970. Além das carroças, o galpão possui uma bicicleta com três rodas do século XIX, carrinhos de mão e acessórios para montaria. Destaque os carros fúnebres, carro de noivos, carro do padeiro e o carroção de São Bento (São Bentowagen) que trazia produtos, principalmente erva-mate, da região de São Bento do Sul para Joinville via Estrada Dona Francisca.

A casa enxaimel

A casa enxaimel, localizada nos fundos do museu, é uma construção do início do século XX, porém está presente no museu desde 1979 e aberta ao público desde 1980. A casa foi construída originalmente em 1905, na Rua General Valgas Neves, próximo ao Batalhão de Joinville, no bairro Atiradores, próximo ao centro de Joinville.

O terreno da casa havia sido comprado pelo 62º Batalhão de Infantaria para ampliar o seu espaço e a casa foi então adquirida pelo museu. Mas para chegar até à instituição, ela foi desmontada, já que a técnica de construção Enxaimel permite que a casa seja portante, já que é basicamente uma construção de madeiras entrelaçadas ou encaixadas entre si sem a utilização de pregos, apenas pinos de madeira, tendo o preenchimento de tijolos.

Os locais mais comuns para se ver casas enxaimel no Brasil são principalmente na região Sul, mas aqui as construções seguem padrões parecidos com preenchimento de tijolo, já na Europa também são utilizados outros materiais como pedras e o própria madeira e também permite que a casa possa ser desmontada e transportada para outro local.

Hoje, dentro do museu, ela representa a moradia comum entre grande parte dos imigrantes de classe média na Joinville do final do século XIX e início do século XX.

Na casa de enxaimel há dois pavimentos: um térreo e um sótão. O piso térreo possui assoalho de madeira e se encontra elevado 60 cm do solo. A casa possui um telhado de duas águas, uma para frente e outra para trás. Há também atrás da casa um rancho totalmente de madeira, este não foi construído na técnica enxaimel. O rancho possui chão batido e um telhado de duas águas, que se junta com o telhado da casa. O telhado do rancho está orientado na mesma direção que o da casa: uma água para frente, outra para trás. Tanto a casa de enxaimel, nos seus dois andares, quanto o rancho possuem janelas. As janelas da casa são de vidro e não há venezianas. As janelas do rancho são totalmente de madeira.

O total da área da casa é de 127 metros quadrados.

Bibliografia

FICKER, Carlos. História de Joinville - Crônica da colônia Dona Francisca, 3ª edição, Joinville, 1965. Pág 235-236.

Referências

Ver também

  • Museu de Artes de Joinville
  • Museu do Sambaqui de Joinville
  • Museu da Bicicleta de Joinville

Ligações externas

  • Página do Museu Nacional de Imigração e Colonização no site da Fundação Cultural de Joinville
  • Prefeitura Municipal de Joinville
  • Arquivo Histórico de Joinville
  • RADAR SUL Turismo e Negócios em SC

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Francisca Maria de Orléans


Francisca Maria de Orléans


Francisca Maria Amélia (em francês: Françoise Marie Amélie; Neuilly-sur-Seine, 14 de agosto de 1844 — Vineuil-Saint-Firmin, 28 de outubro de 1925), foi uma princesa francesa da Casa de Orléans, filha mais velha de Francisco, Príncipe de Joinville e de sua esposa, a princesa Francisca do Brasil, sendo assim neta do imperador Pedro I do Brasil, e do rei Luís Filipe I da França.

Biografia

Família

Nascida no Castelo de Neuilly, Francisca era a filha mais velha de Francisco de Orléans, Príncipe de Joinville, e da princesa Francisca do Brasil. Seus avós paternos foram o rei Luís Filipe I de França e a princesa Maria Amélia de Nápoles e Sicília e seus avós maternos foram o imperador Dom Pedro I do Brasil e a arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria.

Casamento

Casou-se em 11 de junho de 1863, em Kingston upon Thames, Reino Unido, com seu primo-irmão, o príncipe Roberto de Orléans, Duque de Chartres, filho mais novo do príncipe Fernando Filipe, Duque de Orleães e da duquesa Helena de Mecklemburgo-Schwerin. Como Fernando Filipe encontrava-se exilado, o casal foi viver em Ham, um subúrbio de Londres, onde nasceram quatro de seus cinco filhos.

Morte

Francisca morreu no Château de Saint-Firmin, em Vineuil-Saint-Firmin, em 28 de outubro de 1925, aos 81 anos de idade. Seu corpo foi sepultado na Capela Real de Dreux.

Descendência

Ancestrais

Referências


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Leopoldina de Bragança


Leopoldina de Bragança


Leopoldina de Bragança (Rio de Janeiro, 13 de julho de 1847 – Viena, 7 de fevereiro de 1871), foi a segunda filha do imperador Pedro II do Brasil e da imperatriz consorte Teresa Cristina das Duas Sicílias e, portanto, membro da família imperial brasileira. Ela foi a segunda na linha de sucessão ao trono do Império do Brasil, mesmo após o casamento de sua irmã mais velha, a Princesa Isabel, devido às dificuldades desta em gerar herdeiros. Após sua morte prematura, seus dois filhos mais velhos foram reconhecidos como príncipes brasileiros e herdeiros presuntivos do trono até que D. Isabel tivesse seu primeiro filho. A partir daí, originou-se o chamado ramo de Saxe-Coburgo e Bragança da família imperial brasileira.

Nascida como Princesa do Brasil, ela teve numerosos mestres que foram encarregados de educar as duas jovens princesas, que seguiam um elaborado e rigoroso sistema de estudos vigiado constantemente pelo imperador. Casou-se em 1864 com o príncipe alemão Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, com quem teve quatro filhos: Pedro, Augusto, José e Luís, e recebeu o título de Princesa de Saxe-Coburgo-Gota e Duquesa de Saxe.

Biografia

Família e primeiros anos

Nascida às 6h 45min da manhã de 13 de julho de 1847, no Palácio Imperial de São Cristóvão, Leopoldina foi a segunda filha dos imperadores Pedro II do Brasil e Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias. Seus avós paternos foram os imperadores Pedro I do Brasil e Maria Leopoldina da Áustria, e seus avós maternos foram o rei Francisco I das Duas Sicílias e Maria Isabel de Espanha. Foi batizada na Catedral e Imperial Capela em 7 de setembro de 1847, pelo bispo capelão-mor e diocesano Dom Manuel do Monte Rodrigues de Araújo, Conde de Irajá e seu nome lhe foi dado em homenagem à avó paterna. Teve como padrinhos seus tios, os príncipes de Joinville, Francisco Fernando de Orléans e Francisca de Bragança — representados no ato por C. His de Buthenval (ministro plenipotenciário de Luís Filipe I de França) e Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, Condessa de Belmonte (camarista-mor da imperatriz), respectivamente. Desde cedo, Dom Pedro II tratou de obter para suas filhas uma preceptora. A escolha recaiu sobre a Condessa de Barral, indicação da Princesa de Joinville, que iniciou suas funções em setembro de 1855. Numerosos mestres foram encarregados de educar as duas jovens, que seguiam um elaborado e rigoroso sistema de estudos vigiado constantemente pelo imperador.

As princesas assistiam a aulas seis dias por semana, das 7h até 21h 30min. Elas só podiam receber visitas aos domingos, em festas ou em qualquer outra ocasião determinada pelo imperador. Eram diversas as matérias que estudavam: português e sua literatura, francês, inglês, italiano, alemão, latim, grego, álgebra, geometria, química, física, botânica, história (cujas disciplinas eram divididas por país e por época), cosmografia, desenho e pintura, piano, filosofia, geografia, economia política, retórica, zoologia, mineralogia e geologia.

Casamento

Dom Pedro II havia encarregado Dona Francisca de encontrar na Europa dois jovens príncipes que pudessem servir de consortes às suas filhas. Na fala do trono de maio de 1864, o soberano anunciou o casamento das princesas sem, no entanto, citar nomes de pretendentes. Porém, os dois candidatos escolhidos pelo imperador — seu sobrinho, o príncipe Pedro de Orléans, Duque de Penthièvre, e o príncipe Filipe da Bélgica, Conde de Flandres (filho de Leopoldo I da Bélgica) — recusaram a proposta de consórcio, levando o monarca a optar pelos príncipes Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e Gastão de Orléans, Conde d'Eu.

Inicialmente, pensava-se em destinar Luís Augusto à princesa imperial e Gastão à Dona Leopoldina, mas Dom Pedro II recusou-se a dar andamento às negociações antes de ouvir a opinião das filhas sobre os pretendentes. Em 2 de setembro de 1864, os príncipes desembarcaram no Rio de Janeiro. Nos dias que se seguiram, os planejamentos iniciais inverteram-se, conforme registrou Dona Isabel:

Papai desejava essa viagem, tendo em mira nossos casamentos. Pensava-se no Conde d'Eu para minha irmã e no Duque de Saxe para mim. Deus e os nossos corações decidiram diferentemente, e a 15 de outubro tinha eu a felicidade de desposar o Conde d'Eu.

A união de Leopoldina e Luís Augusto foi acertada através de uma convenção matrimonial celebrada entre o imperador do Brasil e Ernesto II de Saxe-Coburgo-Gota. O contrato previa, em seus artigos 3º, 4º e 5º que, enquanto Dom Pedro II não considerasse assegurada a sucessão da princesa Isabel, o casal deveria, entre outras coisas, residir parte do ano no Brasil e ter seus filhos em território brasileiro.

Finalmente, em 15 de dezembro de 1864, Dona Leopoldina desposou o Duque de Saxe, segundo filho do príncipe Augusto de Saxe-Coburgo-Gota e da princesa Clementina de Orléans. O casal recebeu uma dotação de 300 contos de réis para aquisição de uma residência no Rio de Janeiro, da qual eles e seus descendentes teriam o usufruto, mas que permaneceria como patrimônio nacional. O imóvel escolhido foi um palacete vizinho ao Palácio de São Cristóvão, adquirido em junho de 1865 e batizado como "Palácio Leopoldina".

Dez meses após sofrer um aborto espontâneo, Dona Leopoldina deu à luz, em 19 de março de 1866, àquele que viria a ser o neto preferido de Dom Pedro II, o príncipe Dom Pedro Augusto. A partir de então, a princesa passou a viver entre o Brasil e a Europa, sempre retornando à terra natal para o nascimento de seus filhos. Assim foi com Dom Augusto Leopoldo e Dom José Fernando — nascidos em 1867 e 1869, respectivamente. Quando descobriu-se grávida do quarto filho, ela e o marido decidiram que não voltariam ao Brasil e, em 15 de setembro de 1870, o príncipe Luís Gastão nasceu no Castelo de Ebenthal.

Morte

No início de 1871, Dona Leopoldina apresentou os primeiros sintomas da doença que a mataria. Os problemas gastrointestinais e a febre, contudo, não foram associados à ingestão da água contaminada que assolava Viena. Na segunda semana, porém, a princesa atingiu um estado de prostração preocupante. A febre contínua, as manchas na pele e a hematoquezia, sintomas clássicos da febre tifoide, surgiram na quarta semana. O quadro evoluiu rapidamente e Dona Leopoldina passou a sofrer delírios e convulsões, situação presenciada pela princesa Isabel e pelo conde d'Eu. A princesa sucumbiria à doença na tarde de 7 de fevereiro de 1871, aos 23 anos de idade. Clementina de Orléans descreveu a agonia da nora em carta enviada à princesa de Joinville:

"Que a vontade de Deus seja feita, minha boa Chica, mas o golpe é duro e nós estamos bem infelizes. O estado do meu pobre Gusty me corta o coração, soluça cada instante, não come, nem dorme, e é uma terrível mudança! Ela o amava tanto! E eram tão perfeitamente felizes juntos! Ver tanta felicidade destruída aos 24 anos é horrível!! E estas pobres crianças! Eu te escrevi sábado, e o dia de domingo e o de segunda-feira foram calmos e tranquilos. Ela não abria os olhos: mas ouvia o que se lhe gritava ao ouvido, e certamente reconheceu a voz de sua irmã, pois disse algumas palavras em português. Segunda-feira à noite os médicos acharam uma melhora sensível e nós recobramos a esperança. A noite foi calma, mas pela manhã de terça-feira o peito foi tomado e às 10 horas os médicos declararam que não havia mais esperança, e entretanto eu ainda dela cuidei nesse longo dia passado junto do seu leito, vendo-a tão calma e tão pouco mudada; mas pelas 16 horas a respiração tornou-se mais curta. O abade Blumel recitou a oração dos agonizantes, nós estávamos todos ajoelhados em torno de sua cama, e às 18 horas a respiração cessou, sem que se visse a menor contração de sua fisionomia. Ela estava mesmo bela neste momento, e tinha uma expressão angélica. Agora está deitada num caixão vestida com roupa de seda branca, uma coroa branca e seu véu de casamento na cabeça. Ela não mudou, faz bem olhá-la. Está toda cercada de flores frescas, de coroas enviadas por todas as princesas. Amanhã haverá cerimônia religiosa em casa e ela partirá para Coburgo, onde todos nós acompanharemos, inclusive Gaston e Isabel que são muito bons. Esta última está desesperada. Abraço-te, reza por nós, temos disso muita necessidade. Toda tua, Clementina."

Em homenagem à princesa, o Imperador Francisco José I da Áustria decretou luto oficial de 30 dias. Após as solenes exéquias celebradas pelo núncio apostólico, Monsenhor Mariano Falcinelli Antoniacci, seu corpo foi trasladado para Coburgo, onde representantes das casas reais da Europa assistiram ao seu sepultamento. Seu corpo repousa na cripta da St. Augustinkirche, ao lado dos túmulos de seu marido e filhos. Todos os anos, até 1922, celebraram-se em Viena, missas em sua memória.

Legado

A infertilidade da princesa Isabel, herdeira presuntiva da coroa que só viria a dar à luz um filho após mais de dez anos de casamento e quase quatro anos após a morte da irmã, incluiu os dois filhos mais velhos de Dona Leopoldina na 2ª e 3ª posições da linha de sucessão ao trono brasileiro. Após a morte da mãe, os jovens príncipes foram trazidos pelo avô para serem criados e educados no Brasil. Essa situação tornou a princesa, ainda que de forma involuntária, fundadora do ramo cadete de Saxe-Coburgo e Bragança. Dom Pedro Augusto e Dom Augusto Leopoldo somente seriam preteridos da sucessão em 1875, com o nascimento de Dom Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará.

Títulos e honras

  • 13 de julho de 1847 – 15 de dezembro de 1864: Sua Alteza, a Princesa Leopoldina do Brasil
  • 15 de dezembro de 1864 – 7 de fevereiro de 1871: Sua Alteza Real, a Princesa Leopoldina de Saxe-Coburgo-Gota, Duquesa da Saxônia

Honras

Descendência

Ancestrais

Notas

Referências

Bibliografia

Ligações externas

  • «Quarto da Princesa Leopoldina do Brasil» 



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Pedro de Orléans


Pedro de Orléans


Pedro Filipe João Maria (em francês: Pierre Philippe Jean Marie d'Orléans; Saint-Cloud, 4 de novembro de 1845 – Paris, 17 de julho de 1919), foi um príncipe francês da Casa de Orléans, Duque de Penthièvre e oficial da marinha francesa. Filho do príncipe Francisco de Orléans, Príncipe de Joinville, e de sua esposa, a princesa Francisca do Brasil, era neto do rei Luís Filipe I de França e do imperador Pedro I do Brasil.

Biografia

Família

Nascido no Castelo de Saint-Cloud em 1845, o Príncipe Pedro Filipe João Maria de Orléans, Duque de Penthièvre, é filho de Francisco d'Orléans, Príncipe de Joinville, e de sua esposa, a princesa Francisca do Brasil. Através de seu pai, ele é o neto do rei francês Luís Filipe I de França, enquanto, por sua mãe, ele é neto do Imperador Pedro I do Brasil, de quem leva o primeiro nome. O príncipe Pedro tem uma irmã, Francisca d'Orléans, de quem descendem os candidatos orleanistas ao trono da França após 1926. Seus padrinhos foram o imperador Pedro II do Brasil, e sua esposa, Teresa Cristina das Duas Sicílias.

O príncipe Pedro é expulso da França com sua família quando entra em erupção a Revolução de 1848, que derrubou seu avô, o rei Luís Filipe I do trono da França.

Refugiado na Inglaterra com a maioria dos demais membros da Casa de Orléans, o duque de Penthièvre passou ali uma infância feliz, apesar da melancolia e das incertezas do exílio. Dotado de uma família amorosa e acima de tudo um pai que benevolamente supervisiona a educação de seus filhos, o filho recebe uma educação cuidadosa, ao lado de seus muitos primos.

Confiados inicialmente aos cuidados de preceptores, o duque de Penthièvre e seus primos, Luís Filipe, Príncipe de Condé e o príncipe Fernando, Duque de Alençon, partiram para a Escócia em 1859 para continuar seus estudos na Old Royal High School, prestigiada escola católica de Edimburgo.

Pedido de casamento brasileiro

No início da década de 1860, o imperador Pedro II do Brasil, que não tinha herdeiro homem, procurou casar-se com suas filhas, as princesas Isabel e Leopoldina, a fim de garantir sua sucessão. Voltando o olhar para seus parentes europeus, o monarca latino-americano pede a sua irmã, a princesa Francisca, e seu marido para aconselhá-lo a dois jovens príncipes que poderiam se casar com suas filhas. Os Príncipes de Joinville o fazem e, entre todos os nomes que propõem ao imperador, ele primeiro escolhe o Duque de Penthièvre e o príncipe Filipe da Bélgica, Conde de Flandres, como possíveis maridos. Para o soberano, os dois jovens oferecem, sim, a vantagem de pertencer a dinastias de fama liberal. Acima de tudo, Pedro tem a vantagem de ser meio brasileiro por mãe e, portanto, ele mesmo ter vínculos com a coroa imperial.

No entanto, o príncipe Pedro deseja mais do que tudo abraçar uma carreira na marinha e, portanto, ele recusa a proposta de seu tio. Quanto ao Conde de Flandres, ele se recusa a deixar a Europa para se estabelecer na América. Assim, são finalmente dois outros pais dos jovens, os príncipes Gastão, Conde d'Eu e Luís Augusto, Duque de Saxe, que Pedro II escolhe como genros.

Nos Estados Unidos

Ansioso por seguir o caminho aberto por seu pai na marinha francesa, o duque de Penthièvre informou à família seu desejo de servir no mar. Apesar da pouca idade do filho, que na época tinha apenas dezesseis anos, o Príncipe de Joinville se propôs a encontrar uma academia militar que aceitasse recebê-lo como oficial cadete. Finalmente, graças à intervenção do presidente americano James Buchanan, Pedro está autorizado a seguir os cursos da Academia Naval de Annapolis.

Chegado aos Estados Unidos com seu pai e dois de seus primos, os príncipes Luís Filipe, Conde de Paris e Roberto, Duque de Chartres, o Duque de Penthièvre ingressou na Academia Naval em 15 de outubro de 1861. No entanto, como a Guerra Civil acabou de estourar, a reentrada do príncipe não ocorreu em Annapolis, como foi planejado originalmente, mas em Newport, Rhode Island.

Após a formatura, o duque de Penthièvre serviu na corveta John Adams, que ancorou ao largo de Charleston. Ao contrário de seu pai e seus primos, que deixaram a América em 7 de julho de 1862, Pedro permaneceu nos Estados Unidos até 1864. Tendo-se tornado tenente, deixou com pesar as suas funções, pelo arrefecimento das relações franco-americanas ligadas à expedição organizada pelo Segundo Império ao México.

Doença e sequelas

Antes de deixar a Marinha dos Estados Unidos, o príncipe navegou no Golfo do México, onde contraiu malária. Severamente afetado pela doença, ele é tratado com altas doses de Quinina, o que acaba salvando-o, mas causando-lhe surdez irreversível.

Agora aleijado, o príncipe mostra-se cada vez mais melancólico. De volta à Europa, ele se retira aos estudos, que se tornam sua única verdadeira paixão. Ele está, portanto, interessado em química, botânica, astronomia e mecânica.

Viagens

As portas da França sendo sempre fechadas aos Orleans pela lei do exílio de 26 de maio de 1848, o duque de Penthièvre consegue, através do pai, poder embarcar durante dois anos no Bartolomeu Dias, um navio português em missão no Pacífico. O príncipe, então, serve como um relógio oficial.

O príncipe Pedro posteriormente fez várias viagens pelo mundo. Com seu amigo o Conde Ludovic de Beauvoir, ele embarcou em uma turnê mundial em um navio mercante que durou de 1865 a 1867 e que o levou à Austrália, Java, Sião, China, Japão e Califórnia. Em seguida, fez outras viagens que o levaram a diferentes terras distantes.

Voltar para a França

Com a queda do Segundo Império em 1870, o Príncipe Pedro pôde finalmente retornar à França e integrar a marinha lá. Tenente nomeado, serviu no Oceano, sob as ordens do Almirante Renault.

No plano pessoal, o príncipe mantém um relacionamento amoroso com uma jovem casada chamada Angélique Lebesgue. Com ela tem dois filhos naturais, que educa nas suas sucessivas residências na avenida d'Antin e no boulevard Haussmann. Apesar do escândalo causado por esta relação, o príncipe permanece próximo de sua família e visita regularmente a casa de sua irmã, a princesa Francisca.

Apaixonado pela caça, ele também visita regularmente as propriedades que ele e sua família possuem em Arc-en-Barrois.

Últimos anos

Em 1886, uma nova lei que afetava membros de famílias que reinavam na França forçou o duque de Penthièvre a deixar a marinha para sempre.

Apesar da rejeição de seu país, o príncipe Pedro disponibilizou seu Castelo de Arc-en-Barrois ao exército francês durante a Primeira Guerra Mundial, para que pudesse ser transformado em um hospital militar para os feridos de Verdun e Argonne.

O duque de Penthièvre morreu solteiro em 1919 e, sem herdeiros legítimos, passou o Castelo d'Arc-en-Barrois para seu sobrinho, o príncipe João, Duque de Guise. Ele está enterrado na Capela Real de Dreux, França.

Descendência

O duque de Penthièvre teve uma relação com uma jovem casada Angelique Lebesgue, com quem teve dois filhos Naturais:

  • Jeanne Angelique Marie Lebesgue (1879—?) casou-se em 1903 com o Marquês Jean de Gouy d'Arsy, filho do Conde Antonin Gouy d'Arsy, e de Mina Löwenthal, com descendência.
  • Pierre Fernand Eugene Lebesgue (1881—1962) casou-se com à artista dramática Yvonne Patrigeon, mais conhecida como Yvonne Maëlec, sem descendência.

Títulos e estilos

  • 4 de novembro de 1845 – 17 de julho de 1919: Sua Alteza Real, o Príncipe Pedro Filipe de Joinville, Príncipe de Orléans, Duque de Penthièvre

Ancestrais

Genealogia de Pedro d'Orléans, Duque de Penthièvre

Referências


Text submitted to CC-BY-SA license. Source: Pedro de Orléans by Wikipedia (Historical)


Joinville (desambiguação)


Joinville (desambiguação)





Joinville pode referir-se a:

Pessoas

  • Francisco Fernando de Orléans, príncipe de Joinville;
  • D. Francisca de Bragança, princesa de Joinville (consorte do anterior);
  • João de Joinville, cronista da França medieval.

Lugares

  • Joinville, município brasileiro do estado de Santa Catarina;
  • Joinville, comuna francesa do departamento de Haute-Marne;
  • Thonnance-lès-Joinville, comuna francesa do departamento de Haute-Marne;
  • Joinville-le-Pont, comuna francesa do departamento de Val-de-Marne;
  • Port-Joinville, localicalidade importante da L'Île-d'Yeu, França;
  • Joinville (atualmente Zabana), vilarejo da vilaiete de Blida, Argélia;
  • Ilha Joinville, a maior ilha do arquipélago de Joinville, Antártida.

Outros

  • Joinville Basquete Associados, equipe de basquetebol da cidade de Joinville, Santa Catarina;
  • Joinville Esporte Clube, clube de futebol sediado em Joinville, Santa Catarina;
  • Krona Futsal, clube de futsal conhecido popularmente como Joinville e antigamente como Joinville/Krona. Sediado em Joinville, Santa Catarina.
  • Tratado de Joinville, assinado em 1584.

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