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Text submitted to CC-BY-SA license. Source: by Wikipedia (Historical)


Massacre de Munique


Massacre de Munique


Massacre de Munique, também conhecido como Tragédia de Munique foi um atentado terrorista ocorrido durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, Alemanha, quando, em 5 de setembro, onze integrantes da equipe olímpica de Israel foram tomados reféns e assassinados pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro, sendo, até hoje, o maior atentado terrorista já ocorrido em um evento esportivo.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da premiê de Israel, Golda Meir.

Prelúdio

Quando o atentado ocorreu, os Jogos Olímpicos de Munique de 1972 já estavam na segunda semana. O Comitê Olímpico Organizador da Alemanha Ocidental havia relaxado na segurança, para evitar uma ideia de militarização nas cidades alemãs. O Comitê não queria repetir a imagem deixada dos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936, quando o ditador nazista Adolf Hitler a usou para o seu benefício.

Foi argumentado que a segurança da vila olímpica, onde os atletas estavam, era completamente insuficiente. Os atletas frequentemente passavam despercebidos pela pouca segurança a noite e frequentavam outros prédios para ver colegas atletas, saltando as cercas da vila.

A falta de segurança armada na vila deixava preocupada a delegação israelense, mesmo antes da sua chegada em Munique. Os atletas estavam em uma casa relativamente isolada na vila olímpica, no térreo do prédio próximo ao portão, o que deixava a delegação vulnerável a um atentado. Autoridades alemães prometeram mais segurança, mas tais novas medidas não foram implementadas.

O massacre

Invasão terrorista e começo do sequestro

No começo da noite de 4 de setembro, vários atletas israelenses estavam a peça Um Violinista no Telhado e depois foram jantar antes de retornar para a Olympiapark (vila olímpica).

As 4h30 da manhã, hora local, no dia 5 de setembro de 1972, enquanto os atletas dormiam, oito terroristas palestinos integrantes da Organização Setembro Negro, uma facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), escalaram as cercas de dois metros da vila olímpica carregando mochilas que continham rifles AKM, pistolas Tokarev e granadas. Os terroristas haviam sido treinados no Líbano e na Líbia. Lá dentro, eles roubaram chaves e entraram nos dois apartamentos ocupados pelos israelenses.

Yossef Gutfreund, um árbitro de wrestling, foi acordado com um barulho na porta. Quando foi investigar percebeu um grupo de homens mascarados e fortemente armados entrando. Ele gritou para tentar alertar seus companheiros que ainda estavam dormindo e lançou um equipamento de ginástica de 135 kg em uma tentativa de barrar a porta. As ações de Gutfreund deram ao seu colega de quarto, o treinador Tuvia Sokolovsky, tempo para escapar pela janela. O outro treinador, Moshe Weinberg, tentou lutar contra os intrusos, mas foi baleado na boca. Os terroristas palestinos entraram então no segundo apartamento. Ferido no rosto, Weinberg mentiu aos atacantes quando afirmou que as pessoas que estavam naquele quarto não eram israelenses. Ao invés disso, Weinberg os guiou para o apartamento 3. Os terroristas conseguiram fazer apenas mais alguns reféns. Como este quarto estava cheio de lutadores profissionais, Weinberg achava que eles teriam uma melhor chance de lutar, mas foram apanhados desprevenidos e foram capturados pelos agressores.

Enquanto os atletas cativos eram levados para um local no apartamento 3, Weinberg, ainda ferido, tentou novamente atacar um dos terroristas, o que permitiu ao lutador Gad Tsobari escapar até a garagem. Weinberg conseguiu deixar inconsciente um dos terroristas e feriu outro, mas foi baleado novamente e acabou morrendo. O lutador Yossef Romano, um veterano da Guerra dos Seis Dias, também tentou se voltar contra os agressores, ferindo um deles, mas foi morto logo em seguida.

Ao todo, os terroristas conseguiram fazer nove reféns. Além de Gutfreund, os cativos eram Kehat Shorr, Amitzur Shapira, Andre Spitzer, Yakov Springer, Eliezer Halfin, Mark Slavin (que com 18 anos era o mais novo no local), David Berger (que também tinha cidadania americana) e Ze'ev Friedman. Gutfreund, que era fisicamente o mais forte dos reféns, estava amarrado a uma cadeira. Amarrados nos pulsos e tornozelos, os reféns estavam presos em dois quartos. O corpo de Yossef Romano foi deixado no quarto dos reféns, como um aviso para quem tentasse resistir.

Um dos membros da delegação israelense, o professor Shaul Ladany, havia ouvido o alvoroço e os tiros, e pulou do balcão e chegou no dormitório americano e os alertou do que estava acontecendo. Outros membros da delegação conseguiram fugir e muitos permaneceram escondidos. Duas mulheres atletas estavam em outro apartamento e por isso não correram perigo. Alguns outros atletas estavam em outras cidades.

Os terroristas foram identificados como fedayins palestinos oriundos de campos de refugiados no Líbano, Síria e Jordânia. Eram: Luttif Afif (codinome Issa, era o líder do grupo), Yusuf Nazzal (Tony), Afif Ahmed Hamid (Paolo), Khalid Jamal (Salah), Ahmed Chic Thaa (Abu Halla), Mohammed Safady (Badran), Adnan Al-Gashey (Denawi) e Jamal Al-Gashey (Samir). De acordo com Simon Reeve, Afif, Nazzal e um dos seus camaradas haviam de fato trabalhado na vila olímpica e já estavam a semanas no local, inspecionando a região para o ataque. Segundo um atleta uruguaio, Nazzal já havia entrado no prédio onde os israelenses estavam menos de 24 horas antes do sequestro, mas foi identificado como um funcionário. Os outros terroristas vieram de trem e avião, usando passaportes falsos. Atletas não israelenses não foram retidos pelos sequestradores palestinos.

O sequestro imediatamente chamou a atenção da mídia internacional. Autoridades de Israel, Estados Unidos e até da Jordânia condenaram o atentado e pediram a libertação dos reféns.

Os terroristas exigiram a libertação de 234 detentos palestinos presos em Israel. Também pediram a soltura dos alemães Andreas Baader e Ulrike Meinhof, membros da Fração do Exército Vermelho. O corpo de Weinberg, crivado por balas, foi jogado para fora para mostrar a determinação dos sequestradores. Os políticos israelenses afirmaram que não haveria negociações e não cederiam as exigências dos terroristas. Israel também pediu autorização para o governo alemão para enviar suas forças especiais para a região, mas os alemães negaram. A situação era controversa, pois os reféns eram judeus, o que tornava tudo mais complicado para os políticos alemães.

Enquanto amanhecia, um grupo de agentes da polícia alemã se aproximaram do prédio pelo telhado. Contudo, todos os quartos tinham televisão e a luz não havia sido cortada. Assim, pela TV, os palestinos viram a chegada dos policiais e exigiram sua retirada, que foi prontamente atendida para evitar retaliações contra os reféns. Os negociadores então pediram para falar com alguns reféns. Kehat Shorr e Andre Spitzer se aproximaram da janela, mas com armas apontadas para eles, não puderam responder muita coisa. Pelo que se podia ver nesse momento, alguns reféns haviam sofrido abusos físicos dentro do apartamento.

Emboscada e massacre

Os terroristas então mudaram suas exigências, passando a pedir por um avião e helicópteros. O governo alemão concordou e enviou dois UH-1 Iroquois para transportar os reféns até a Base Aérea de Fürstenfeldbrück. Contudo, os alemães na verdade pretendiam emboscar os terroristas quando eles embarcassem no avião. Vendo que a distância dos apartamentos até os helicópteros era de 200 metros, a polícia alemã também posicionou atiradores de elite no caminho.

Luttif Afif, o líder dos terroristas, havia insistido em inspecionar o caminho entre o helicóptero e o apartamento antes dos reféns serem descarregados. Isso pegou a polícia de surpresa. Afif estava acompanhado de alguns colegas terroristas e três reféns (Schreiber, Tröger e Genscher). Os agentes alemães que estavam esperando por uma oportunidade de emboscar os palestinos tiveram de deixar suas posições às pressas. Essa movimentação chamou a atenção dos terroristas que perceberam que algo estava errado. Afif então exigiu um ônibus que os levassem até os helicópteros. Os agentes alemães perto do apartamento e do aeroporto não estavam bem armados e, definitivamente, de acordo com seus próprios oficiais, não tinham preparo para lidar com uma situação deste calibre. Na verdade, um dos "atiradores de elite" da polícia que havia sido deslocado para o local na verdade não tinha treinamento de atirador de precisão. De acordo com o chefe do Mossad, Zvi Zamir, seus homens não haviam sido consultados sobre os planos de emboscada dos alemães.

Um Boeing 727 foi então separado para os terroristas, como eles haviam exigido. A tripulação da aeronave, contudo, era formada por agentes alemães disfarçados. Os terroristas Luttif Afif e Yusuf Nazzal iriam inspecionar a aeronave antes que o resto do seu grupo e os reféns entrassem. O plano era pegar os dois primeiros palestinos enquanto entravam no avião, com o restante do grupo sendo abatido pelos atiradores de elite no lado de fora. No total, todos os oito terroristas chegaram no aeroporto, junto com dois helicópteros cheios de reféns.

Quando os dois helicópteros dos terroristas chegaram, os policiais disfarçados dentro do avião decidiram abandonar suas posições (sem consultar o Alto-Comando). Assim, apenas os cinco atiradores de elite da polícia estavam presentes para a emboscada planejada. O coronel Ulrich Wegener, das forças especiais alemães, alertou que a situação ficaria feia.

Às 22h30 de 5 de setembro, os helicópteros pousaram no aeroporto de Fürstenfeldbruck. Quatro dos seis terroristas presentes ficaram para trás guardando os reféns, enquanto Afif e Nazzal avançaram para inspecionar o avião cedido para a fuga pelas autoridades alemães. Ao entrar na aeronave eles viram que não havia tripulação e suspeitaram de uma emboscada. Os dois terroristas correram de volta para os helicópteros. Sem receber ordens, um dos atiradores da polícia abriu fogo diversas vezes contra Afif e Nazzal enquanto corriam, com Nazzal sendo atingido. Os demais policiais na localidade então receberam ordens para atirar.

Com o começo da emboscada, o caos se instaurou. Ahmed Chic Thaa e Afif Ahmed Hamid que estavam perto dos helicópteros com os reféns foram mortos pela polícia. Outros dois terroristas procuraram cobertura e evadiram os atiradores de elite. Um intenso tiroteio se seguiu, com um policial alemão, Anton Fliegerbauer, sendo morto. Os reféns dentro dos helicópteros estavam amarrados e não podiam fugir.

A emboscada alemã foi muito mal planejada. Além de despreparados para aquele tipo de situação, os alemães não tinham equipamento pesado, como veículos blindados, disponível na região. Com o tiroteio se iniciando, os terroristas entraram em pânico. Luttif Afif, líder do grupo, perto de quatro minutos depois da meia-noite do dia 6 de setembro, se levantou do lado do primeiro helicóptero e apontou seu fuzil AK-47 para os reféns que estavam dentro dele amarrados e abriu fogo à queima roupa contra eles. Os israelenses Springer, Halfin e Friedman foram mortos na hora. Um quarto refém, Berger, morreu momentos depois devido aos ferimentos. Um terrorista, possivelmente ainda sendo Afif, lançou uma granada contra o helicóptero, incinerando os corpos dos reféns a bordo. O segundo helicóptero foi encontrado, alguns metros ao lado, cheio de reféns mortos baleados, possivelmente vítimas de Adnan Al-Gashey, um dos terroristas palestinos, que assim como Afif, voltou suas armas contra os reféns e os matou a sangue frio (Gutfreund, Shorr, Slavin, Spitzer e Shapira levaram cada um pelo menos quatro tiros). Dos reféns do primeiro helicóptero destruído, apenas o corpo do atleta Ze'ev Friedman foi recuperado relativamente em boas condições.

Luttif Afif tentou escapar da área, mas encontrou mais policiais e morreu na troca de tiros subsequente. Outro terrorista, Khalid Jamal, morreu baleado enquanto tentava fugir. Três palestinos, Jamal Al-Gashey, Mohammed Safady e Adnan Al-Gashey decidiram se entregar. Yusuf Nazza conseguiu fugir, mas foi encontrado pela polícia nas proximidades e então foi morto numa troca de tiros. Às 1h30 da manhã de 6 de setembro, um pouco mais de 24 horas depois do começo da crise, tudo estava terminado.

O saldo do massacre foi alto. Um total de cinco terroristas foram mortos (outros três foram capturados). Cerca de onze reféns (David Berger, Ze'ev Friedman, Joseph Gottfreund, Eliezer Halfin, Joseph Romano, Andrei Schpitzer, Amitsur Shapira, Kahat Shor, Mark Slavin, Yaakov Springer e Moshe Weinberg) e um policial alemão também perderam a vida.

Apesar da resistência inicial, o Comitê Organizador das Olimpíadas decidiu suspender os jogos. Uma cerimônia foi feita no Estádio Olímpico de Munique, onde 80 000 espectadores e 3 000 atletas compareceram. Autoridades de vários países pelo mundo condenaram os atentados.

Consequências

Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade se transformou num exemplo mundial no combate ao terrorismo. Várias nações Europeias também adotaram novas medidas de segurança para evitar incidentes similares.

Perto de dois meses depois deste atentado, o voo 615 da Lufthansa foi sequestrado por terroristas palestinos simpatizantes do movimento Setembro Negro. Eles exigiram a soltura dos três terroristas presos após o Massacre de Munique. O governo alemão atendeu este pedido, apesar de veementes protestos das autoridades israelenses. Os três terroristas foram então para a Líbia, onde foram recebidos como heróis. Os terroristas afirmaram que o motivo do atentado era chamar atenção mundial para a causa da independência da Palestina, cujo território estava sob ocupação militar israelense desde o final da década de 1960.

Então, sob ordens da primeira-ministra israelense, Golda Meir, os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados (Mohammed Safady e Adnan Al-Gashey). Esta operação chamou-se Cólera de Deus (em hebraico: מבצע זעם האל). Abu Daoud, o terceiro terrorista e mentor do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de Julho de 2010, em Damasco (capital da Síria), de falência renal.

Outra resposta aos atentados foi o bombardeio aéreo, feito pela aviação militar israelense, contra posições de grupos palestinos na Síria e no Líbano, apenas dois dias após o massacre.

Décadas mais tarde, os descendentes das vítimas receberam indenizações, pelo governo alemão, que chegaram a 3 milhões de euros.

Em agosto de 2016, durante os Jogos do Rio, pela primeira vez aconteceu durante uma Olimpíada, um reconhecimento oficial em memória das vítimas.

Filme

Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido indicado a cinco prêmios Óscar, incluindo melhor filme e melhor diretor.

O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelense lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.

Ver também

  • Eduardo Gageiro, fotógrafo português que foi o único no mundo a fotografar os terroristas que sequestraram os atletas israelitas da aldeia olímpica nos Jogos Olímpicos de Munique

Referências

Collection James Bond 007

Ligações externas

  • Revista Morashá. Ed. 45 - junho de 2004. Antissemitismo. Munique, 1972
  • Reportagem com imagens dos atletas israelenses assassinados e dos terroristas (em alemão)

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Aeroporto de Berlim-Brandemburgo


Aeroporto de Berlim-Brandemburgo


O Aeroporto de Berlim-Brandemburgo "Willy Brandt" (IATA: BER, ICAO: EDDB), também conhecido como Hauptstadtflughafen (Aeroporto da Capital) é o principal aeroporto da capital alemã Berlim. Está situado em Schönefeld a 18 km ao sul do centro, no coração da região metropolitana de Berlim-Brandemburgo. Depois de nove anos de atraso nas obras, o aeroporto foi inaugurado em 31 de outubro de 2020. O novo aeroporto substituirá o Aeroporto de Berlim-Tegel após seu fechamento em 8 de novembro de 2020 e expandirá o Aeroporto de Berlim-Schönefeld com o novo nome.

Planos

O plano prevê uma capacidade inicial de até 27 milhões de passageiros por ano. Nos horários de pico decolarão e pousarão em média seis mil passageiros por hora. Dependendo da evolução, o aeroporto poderá ser expandido para atender até 45 milhões de passageiros. Distâncias curtas, infraestrutura ótima, e o conceito "tudo sob o mesmo teto" garantem conexões rápidas ao centro da capital alemã. O aeroporto é caracterizado por uma arquitetura moderna com linhas simples, com elementos que vão do arquiteto Schinkel a Bauhaus. O projeto do aeroporto é assinado pelo escritório Gerkan, Marg und Partner.

O aeroporto utilizará a pista e algumas das estruturas do Aeroporto de Berlim-Schönefeld, que será desativado juntamente com o Aeroporto de Berlim-Tegel e o Aeroporto de Berlim-Tempelhof, tendo este último já sido desativado em Outubro de 2008. Desta forma, o Berlim-Brandenburg International (nome em inglês, BBI) substituirá todos os aeroportos que atualmente servem a cidade de Berlim e arredores. Inicialmente as instalações poderão acomodar cerca de 30 milhões de passageiros e deveria ter sido aberto em 2017. Em 29 de novembro de 2019 a sociedade operadora do aeroporto informou 31 de outubro de 2020 como data oficial de inauguração.

Lista de deficiências

A lista de deficiências no aeroporto BER está aumentando desde setembro de 2015. Mais uma vez se trata de proteção contra incêndios e ainda é um problema inteiramente novo com o qual os responsáveis têm de lidar agora. Se o aeroporto tivesse sido inaugurado em 2017, já entraria em funcionamento desfasado. Um total de 27 milhões de passageiros poderiam ser recebidos, mas a operadora do aeroporto contava com 33 milhões de passageiros em 2017.

  • Paredes de fogo defeituosas
  • Ventiladores muito pesados
  • Extração de fumos defeituoso
  • Escadas rolantes demasiado curtos
  • Portas falsas
  • Recuperação de bagagem muito pequena

Abertura

Com cerca de seis anos de atraso e deficiências técnicas ao longo da construção, o novo aeroporto de Schönefeld abriu em 31 de Outubro de 2020. Os custos foram estimados em mais de sete bilhões de euros, e cada dia de atraso custou mais de 17 milhões de euros. Os inquilinos do Aeroporto de Berlim-Brandemburgo vão entrar em problemas: falta-lhes o cliente, que são os passageiros em trânsito. Em causa estão problemas na segurança como a proteção contra incêndios e o bloqueio de portas.

Terminais

  • Terminal 1 (novo)
    • Seções A, B, C e D
  • Terminal 2
  • Terminal 5 (antigo terminal do Aeroporto de Berlim-Schönefeld)

Transporte Público

O aeroporto vai ser ligado com ônibus públicos, trens e táxis à área urbana. Existe uma estação no nível mais baixo do terminal. Duas linhas de S-Bahn partem a cada 10 minutos. A S9 parte para ao norte e a S45 vai para o anel sul de transportes públicos, enquanto as restantes quatro plataformas são ocupadas por os trens EuroCity, InterCity, InterCityExpress e Regional Express. InterCityExpress e InterCity ligam o aeroporto com Bielefeld, Hannover, Hamburgo, Dresden, Leipzig, Halle, Wolfsburg. Os comboios de EuroCity têm como destinos Wroclaw, Cracóvia, Amsterdã e Praga.

Por sua vez, o Airport Express e o serviço regional ferroviário também oferecem conexões diretas para vários pontos diferentes em Berlim e Brandemburgo. Os trens saem a cada 15 minutos da Estação Central de Berlim para o aeroporto e retorno em 30 minutos. Ao mesmo tempo, um serviço adicional de ônibus faz conexões entre o complexo aeroportuário e as opções de transporte público local com os autocarros expressos X7 e X11 fazem ligação entre BER e a estação de metro (U-Bahn) Rudow e a linha de metro U7 a cada cinco minutos. O autocarro X11 continua o seu percurso para Lichterfelde-Oueste e Dahlem. Outras linhas de ônibus também têm várias paradas em estações que oferecem conexões para o transporte público em Berlim e outros pontos na região de Brandenburgo.

Galeria

Collection James Bond 007

Ver também

  • Aeroporto de Berlim-Tegel
  • Aeroporto de Berlim-Schönefeld
  • Lista de aeroportos da Alemanha

Referências

Ligações externas

  • Site oficial do aeroporto (alemão/inglês/polaco)
  • Webcam para movimentar em directo do novo Aeroporto de Berlim Brandemburgo em construção
  • (em alemão) Imagens do novo Aeroporto Berlim Brandemburgo
  • (em alemão)(em inglês) Pagina oficial de "Visit Berlin"



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Walter Scheel


Walter Scheel


Walter Scheel GColSE (Solingen, 8 de julho de 1919 – Bad Krozingen, 24 de agosto de 2016) foi um político alemão.

Vida

Foi presidente de seu país de 1974 a 1979.

Em uma visita oficial ao Brasil, fez questão de levar Martin Drewes, que lutaram juntos na Segunda Guerra Mundial, em diversos eventos.

A 9 de maio de 1978 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.

Morreu em 24 de agosto de 2016, aos 97 anos. A causa da morte não foi divulgada.

Publicações

  • com Karl-Hermann Flach e Werner Maihofer: Die Freiburger Thesen der Liberalen. Rowohlt, Hamburg 1972, ISBN 3-499-11545-X.
  • Die Zukunft der Freiheit – Vom Denken und Handeln in unserer Demokratie. Econ, 1979.
  • Wen schmerzt noch Deutschlands Teilung? 2 Reden zum 17. Juni, Rowohlt, Reinbek 1986, ISBN 3-499-18346-3.
  • com Otto Graf Lambsdorff: Freiheit in Verantwortung, Deutscher Liberalismus seit 1945. Bleicher, 1988, ISBN 3-88350-047-X.
  • com Jürgen Engert: Erinnerungen und Einsichten. Hohenheim-Verlag, Stuttgart 2004, ISBN 3-89850-115-9.
  • com Tobias Thalhammer: Gemeinsam sind wir stärker – Zwölf erfreuliche Geschichten über Jung und Alt. Allpart Media, Berlin 2010, ISBN 978-3-86214-011-4.

Referências




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Alemanha Ocidental


Alemanha Ocidental


Alemanha Ocidental é a designação comum do país que ocupava a parte ocidental da Alemanha, que foi partido em dois após a Segunda Guerra Mundial, no período entre sua formação em 23 de maio de 1949 e a reunificação alemã em 3 de outubro de 1990. Durante esse período da Guerra Fria, a República Federal da Alemanha (em alemão: Bundesrepublik Deutschland) fez parte do bloco ocidental. A República Federal foi criada durante a ocupação da Alemanha pelos Aliados após a Segunda Guerra Mundial, estabelecida a partir de onze estados formados nas três zonas aliadas de ocupação mantidas pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela França. Sua capital (provisória) era a cidade de Bonn (ou Bona). A Alemanha Ocidental também é retrospectivamente designada como República de Bonn ou República de Bona.

No início da Guerra Fria, a Europa estava dividida entre os blocos ocidental e oriental. A Alemanha foi de fato dividida em dois países e dois territórios especiais — o Sarre e Berlim, esta última dividida. Inicialmente, a República Federal da Alemanha reivindicou soberania exclusiva para toda a Alemanha, considerando-se a única continuação democraticamente reorganizada do Reich Alemão de 1871 a 1945. O país considerava que a Alemanha Oriental (nome oficial: República Democrática Alemã; sigla: RDA) era um estado-fantoche da União Soviética que foi constituído ilegalmente. Três estados do sudoeste da Alemanha Ocidental fundiram-se para formar Baden-Württemberg em 1952 e o Sarre juntou-se à República Federal da Alemanha em 1957. Além dos dez estados resultantes, Berlim Ocidental foi considerada de fato o décimo primeiro estado. Embora legalmente não fizesse parte da República Federal da Alemanha, visto que Berlim estava sob o controle do Conselho de Controle Aliado. Berlim Ocidental se alinhou politicamente com a Alemanha Ocidental e esteve direta ou indiretamente representada em suas instituições federais.

A base para a posição influente mantida pela Alemanha hoje foi lançada durante o Wirtschaftswunder (milagre econômico) da década de 1950, quando a Alemanha Ocidental se levantou da enorme destruição causada pela Segunda Guerra Mundial para se tornar a terceira maior economia do mundo. O primeiro chanceler Konrad Adenauer, que permaneceu no cargo até 1963, havia trabalhado para um completo alinhamento com a OTAN e pela não neutralidade. Não apenas garantiu a adesão à OTAN, como também foi um defensor dos acordos que se desenvolveram na atual União Europeia. Quando o G6 foi estabelecido em 1975, não havia dúvida se a Alemanha Ocidental se tornaria membro.

Após o colapso do comunismo na Europa Central e Oriental em 1989, simbolizado pela queda do Muro de Berlim, houve um rápido movimento em direção à reunificação alemã. A Alemanha Oriental votou para se dissolver e aderir à República Federal em 1990. Seus cinco estados do pós-guerra (Länder) foram reconstituídos junto com a Berlim reunificada, que encerrou seu estatuto especial e formou um território adicional. Eles ingressaram formalmente na República Federal em 3 de outubro de 1990, aumentando o número de estados de dez para dezesseis e encerrando a divisão da Alemanha. A reunificação não resultou em um novo país; em vez disso, o processo foi essencialmente um ato voluntário de adesão, pelo qual a Alemanha Ocidental foi ampliada para incluir os estados adicionais da Alemanha Oriental, que haviam deixado de existir. A República Federal expandida manteve a cultura política da Alemanha Ocidental e continuou sua participação em organizações internacionais, bem como seu alinhamento e afiliação à política externa ocidental a alianças ocidentais como ONU, OTAN, OCDE e União Europeia.

História

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os líderes dos Estados Unidos, Reino Unido e da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) se encontraram na Conferência de Potsdam. Decidiram temporariamente dividir a Alemanha em quatro zonas de ocupação: francesa no sudoeste, britânica no noroeste, dos Estados Unidos no sul, e soviética no leste. Em 1949 os três primeiros setores federalistas, foram agrupados formando a Alemanha Ocidental de governo capitalista, sendo que o último setor, referente à Alemanha Democrática, se transforma na Alemanha Oriental de governo comunista, alterando o curso da história já que a capital Berlim permaneceria, até 9 de novembro de 1989, integrada no setor democrático controlado pela União Soviética.

Com a união, a cidade de Bona, na Renânia, foi escolhida para representar a capital da Alemanha Ocidental sendo que o governo dos federados conseguiu manter uma posse de certa forma precária sobre parte de Berlim, igualmente dividida em zonas ocidental e oriental, que definitivamente situada em território da Alemanha Oriental, originou um corredor aéreo e uma rodovia internacional de ligação a essa parte ilhada.

Antes da década de 1970, a posição oficial da Alemanha Ocidental quanto à existência da Alemanha Oriental, de acordo com a Doutrina Hallstein, era de que o governo alemão-ocidental era o único democraticamente eleito e, por conta disso, representante legítimo do povo alemão, e qualquer país (com a exceção da URSS) que reconhecesse a existência da Alemanha Oriental teria relações diplomáticas cortadas com a Alemanha Ocidental.

No início dos anos 1970, a Ostpolitik de Willy Brandt levou ao reconhecimento mútuo entre as duas repúblicas. O Tratado de Moscovo (de agosto de 1970), o Tratado de Varsóvia (de dezembro de 1970), o Acordo dos Quatro Poderes de Berlim (de setembro de 1971), o Acordo de Trânsito (de maio de 1972), e o Tratado Básico (de dezembro de 1972) ajudaram a normalizar as relações entre os dois países fazendo com que ambos se juntassem à ONU.

A queda do Muro de Berlim significou o marco da queda da Alemanha Oriental, que foi anexada à Alemanha Ocidental. A Alemanha de hoje é o mesmo Estado (mantém o nome de República Federal da Alemanha) agregando o território da antiga República Democrática Alemã. Os dois Estados adotaram a mesma moeda e alfândega em julho de 1990, a Alemanha Oriental foi dissolvida e anexada à República Federal da Alemanha finalizando a divisão oeste-leste, quando também foi perdido o sentido em referir-se a ela como "ocidental", bastando apenas o nome de Alemanha.

Governo e política

A vida política na Alemanha Ocidental era notavelmente estável e ordenada. A era Adenauer (1949-1963) foi seguida por um breve período sob o governo de Ludwig Erhard (1963-1966) que, por sua vez, foi substituído por Kurt Georg Kiesinger (1966-1969). Todos os governos entre 1949 e 1966 foram formados pelos grupos unidos da União Democrata-Cristã (CDU) e da União Social-Cristã (CSU), sozinhos ou em coalizão com o menor Partido Democrata Livre (FDP) ou outros partidos de direita.

Em 1951, várias leis foram aprovadas encerrando a desnazificação. Como resultado, muitas pessoas com um passado nazista acabaram novamente no aparato político da Alemanha Ocidental. O presidente da Alemanha Ocidental, Walter Scheel, e o chanceler, Kurt Georg Kiesinger, eram ex-membros do Partido Nazista. Em 1957, 77% dos altos funcionários do Ministério da Justiça da Alemanha Ocidental eram ex-membros do Partido Nazista. O secretário de Estado de Konrad Adenauer, Hans Globke, havia desempenhado um papel importante na elaboração das leis de Nuremberg antissemitas na Alemanha nazista.

Até à década de 1970, os homossexuais eram perseguidos pelas autoridades da Alemanha Ocidental. Cerca de 50 000 foram condenados por homossexualidade com base numa lei introduzida sob o regime nazi, mas retidos pela RFA.

Economia

O Wirtschaftswunder ("milagre econômico", cunhado pelo The Times em 1950) da Alemanha Ocidental ocorreu devido à ajuda econômica fornecida pelos Estados Unidos e pelo Plano Marshall. Essa melhoria foi sustentada pela reforma monetária de 1948, que substituiu o Reichsmark pelo marco alemão e interrompeu a inflação galopante. O desmantelamento aliado da indústria de carvão e aço da Alemanha Ocidental finalmente terminou em 1950.

À medida que a demanda por bens de consumo aumentou após a Segunda Guerra Mundial, a escassez resultante ajudou a superar a resistência persistente à compra de produtos alemães. Na época, a Alemanha possuía uma grande quantidade de mão de obra qualificada e barata, em parte como resultado da fuga e expulsão de alemães da Europa Central e Oriental, que afetaram até 16,5 milhões de alemães. Isto ajudou a Alemanha a mais que dobrar o valor de suas exportações durante a guerra. Além desses fatores, o trabalho árduo e as longas horas em plena capacidade da população e no final das décadas de 1950 e 1960, o trabalho extra fornecido por milhares de Gastarbeiter ("trabalhadores convidados") forneceu uma base vital para a recuperação econômica. Isso teria implicações mais tarde para os sucessivos governos alemães, que tentavam assimilar esse grupo de trabalhadores.

Com a queda das reparações aliadas, a libertação da propriedade intelectual alemã e o impacto do estímulo do Plano Marshall, a Alemanha Ocidental desenvolveu uma das economias mais fortes do mundo, quase tão forte quanto antes da Segunda Guerra Mundial. A economia da Alemanha Oriental mostrou um certo crescimento, mas não tanto quanto na Alemanha Ocidental, em parte por causa de reparações contínuas à União Soviética.

Em 1952, a Alemanha Ocidental tornou-se parte da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que mais tarde evoluiria para a União Europeia. Em 5 de maio de 1955, a Alemanha Ocidental foi declarada detentora da "autoridade de um Estado soberano".

Referências

Bibliografia

Fontes primárias

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História da Alemanha após 1945


História da Alemanha após 1945


Após a derrota do país na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, a Alemanha permaneceria dividida por 40 anos, com cada uma das partes integrando blocos econômico-ideológicos opostos. Só em 1990, com o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, a Alemanha foi reunificada.

Os alemães referem-se muitas vezes a 1945 como a Stunde Null (a hora zero), para descrever o quase-total colapso do país, que também enfrentava uma situação de escassez alimentar. Na Conferência de Potsdam, a Alemanha foi dividida pelos Aliados em quatro zonas de ocupação militar; as três zonas a oeste viriam a formar a República Federal da Alemanha (conhecida como Alemanha Ocidental), enquanto que a área ocupada pela União Soviética se tornaria a República Democrática da Alemanha (conhecida como Alemanha Oriental), ambas fundadas em 1949. A Alemanha Ocidental estabeleceu-se como uma democracia capitalista e a sua contraparte oriental, como um Estado comunista sob influência da URSS. Em Potsdam, os Aliados decidiram que as províncias a leste dos rios Oder e Neisse (a "linha Oder-Neisse") seriam transferidas para a Polônia e a Rússia (Kaliningrado). O acordo também determinou a abolição da Prússia e a repatriação dos alemães que residiam naqueles territórios, formalizando o êxodo alemão da Europa Oriental.

As relações entre os dois Estados alemães do pós-guerra mantiveram-se frias, até a política de aproximação com os países comunistas da Europa Oriental promovida pelo Chanceler ocidental Willy Brandt (Ostpolitik), nos anos 1970, cujo conceito principal era "Dois Estados alemães dentro de uma nação alemã". O relacionamento entre os dois países melhorou e, em setembro de 1973, as duas Alemanhas tornaram-se membros da ONU.

Durante o verão de 1989, mudanças políticas ocorridas na Alemanha Oriental e na União Soviética permitiram a reunificação alemã. Alemães orientais começaram a emigrar em grande número para o lado ocidental, via Hungria, quando o governo húngaro decidiu abrir as fronteiras com a Europa Ocidental. Milhares de alemães orientais ocuparam missões diplomáticas da Alemanha Ocidental em capitais do leste europeu. A emigração e manifestações em massa em diversas cidades pressionaram o governo da Alemanha Oriental por mudança, o que levou Erich Honecker a renunciar em outubro; em 9 de novembro de 1989, as autoridades alemãs orientais surpreenderam o mundo ao permitir que seus cidadãos cruzassem o Muro de Berlim e outros pontos da fronteira interna alemã e entrassem em Berlim Ocidental e na Alemanha Ocidental - centenas de milhares aproveitaram a oportunidade. O processo de reformas na Alemanha Oriental culminou com a reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de 1990.

Juntamente com a França e outros países europeus, a nova Alemanha tem exercido um papel de liderança nas instituições comunitárias europeias. É um dos principais defensores da união monetária, de uma maior unificação nas áreas de política, defesa e segurança da Europa. O governo alemão expressou interesse em assumir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Ver também

  • Wirtschaftswunder
  • Konrad Adenauer
  • Alemanha Ocidental
  • Alemanha Oriental
  • Reunificação da Alemanha

Referências


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